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O que a TV não mostrou: os bastidores da Libertadores na Arena em tempos de pandemia
| Foto: Juliana Fontes/Gazeta do Povo

No primeiro jogo do Athletico em casa, na Libertadores, na volta da competição após parada por causa do coronavírus, um cenário diferente de tudo o que a disputa continental representa. Arquibancadas vazias, área de imprensa pouco movimentada, protocolos de segurança e vozes dos próprios jogadores e treinadores ecoando na Arena da Baixada.

Nessa quarta-feira (23), o Furacão venceu por 2 a 0 o Colo-Colo, do Chile, em partida válida pela quarta rodada do grupo C.

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A história da Copa Libertadores está sendo escrita em 2020 de forma incomum, jamais pensada até pouco tempo atrás. Antes de a bola rolar, poucos torcedores marcaram presença na parte de fora da Arena para recepcionar a delegação atleticana.

Porém, a regra geral, é de um entorno vazio, que nem de longe lembrava a festa e vibração de jogos como os de 2019 na Libertadores, entre eles o memorável confronto com o Boca Juniors.

Torcedores nas proximidades da Arena. Juliana Fontes/Gazeta do Povo
Torcedores nas proximidades da Arena. Juliana Fontes/Gazeta do Povo

A imprensa teve autorização para acompanhar o jogo “em cima do lance”. Na véspera do duelo, na terça-feira (22), a Associação dos Cronistas Esportivos do Estado do Paraná (ACEP-PR), conseguiu liminar autorizando a presença dos jornalistas, participação até então vetada pela Conmebol desde a retomada da disputa.

Correria para o credenciamento, pedidos de autorização, preenchimento das exigências. Apenas 19 profissionais de imprensa foram credenciados para presenciar o jogo de número 60 do Athletico na competição internacional.

Na entrada ao estádio, medição de temperatura, distribuição de álcool em gel, e preenchimento obrigatório de ficha médica. Novos padrões.

Medição de temperatura na entrada da Arena. Juliana Fontes/Gazeta do Povo
Medição de temperatura na entrada da Arena. Juliana Fontes/Gazeta do Povo

Com o estádio quase vazio, cada ruído podia ser percebido. No aquecimento, a bola sendo batida, o incentivo dos jogadores aos companheiros, o cone derrubado e as instruções dos preparadores. Nada passou despercebido às poucas testemunhas.

Assim que os jogadores voltaram aos vestiários antes do início do jogo, um silêncio "ensurdecedor" na Arena da Baixada capaz de incomodar qualquer amante do futebol. A lembrança de que nada de normal está acontecendo no mundo.

Quando o jogo rolou, o Athletico foi pra cima e logo resolveu nos minutos iniciais. Nos gols, que aconteceram rápido, aos 5 e aos 12 minutos da primeira etapa, a comemoração não podia faltar. Jogadores se abraçando, os gritos escutados de longe, palmas vindas do banco de reservas. E só. A explosão máxima do futebol não está sendo comemorada como antes.

O normal, agora, é conseguir ouvir, até estando distante, os gritos dos jogadores chamando os companheiros, as vozes firmes dos treinadores nas cobranças, as reclamações aos juízes. Ao apito final, outra mudança considerável. A imprensa não comparece mais às coletivas. As perguntas são enviadas via Whatsapp e lidas por profissionais da Conmebol.

Adaptações necessárias para jogos que ficarão em um futuro breve marcados como “a Libertadores da pandemia do coronavírus”.

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