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Santiago mostra marcas dos conflitos e protestos assombram Athletico e Colo-Colo
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Desde outubro do ano passado, as ruas de Santiago, no Chile, são palco de manifestações. Começou por causa do aumento do preço das passagens de metrô, passando pela desigualdade social, até que, no último domingo (8), milhares de mulheres saíram de suas casas para pedir direitos iguais.

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É comum, principalmente no centro da cidade, encontrar paredes e muros pichados. E praticamente todos os dias surgem movimentos nas ruas principais. Localmente, março é visto como um período de cobranças ainda mais fortes.

O futebol não escapa. O esporte é visto como aliado para as reivindicações, uma vez que tem um forte apelo popular, além de atrair a mídia. Basicamente, todas as torcidas organizadas dos principais clubes, casos de Colo-Colo, adversário do Athletico nesta quarta-feira (11), Universidad Católica e Universidad de Chile, têm faixas em seus estádios criticando o governo, atualmente liderado pelo presidente Sebastián Piñera.

Veja fotos de Santiago:

  • Albari Rosa/ Foto Digital
  • Albari Rosa/ Foto Digital

A tendência é que no duelo no estádio Monumental David Arellano aconteçam manifestações ao longo do confronto com o Furacão. Há um sinal de alerta. Desde que os protestos começaram, o reflexo foi visto nas partidas.

No ano passado, a final da Libertadores, entre Flamengo e River Plate, seria em Santiago. Porém, de última hora precisou ser realocada para Lima, no Peru. O Campeonato Chileno também sofreu consequências, sendo encerrado ainda faltando seis rodadas, por falta de segurança.

Em 2020, um torcedor do Colo-Colo, Jorge Luís Mora, de 22 anos, morreu após ser atropelado por um caminhão da polícia na vitória do Cacique por 3x0 sobre o Palestino. Já no mês passado, o atacante Nícolas Blandi, também do Colo-Colo, foi atingido por fogos de artífício, durante o clássico com a Católica, e a partida foi encerrada faltando pouco mais de 20 minutos.

Público não se afastou

Pela Libertadores, torcedores da Universidad de Chile colocaram fogo nas arquibancadas em meio ao duelo com o Internacional, pela segunda fase do torneio deste ano. Apesar do caos, os torcedores seguem presentes.

Segundo o jornalista Mario Sabag, da rádio Bio Bio, aos poucos os hinchas, como são chamados os torcedores, foram voltando para as partidas, graças às medidas impostas, como a proibição de torcedores visitantes no Campeonato Chileno. Contribuiu também a mudança no horário dos jogos, que passaram a acontecer com a luz do dia.

A expectativa é de casa cheia para Colo-Colo e Athletico.

"Normalmente, os jogos do Colo-Colo tem oito mil, dez mil pessoas. Mas contra o Athletico serão quase 40 mil. Eu não acredito que o medo seja vir ao estádio, mas sim o confronto com a polícia, que tem feito uma repressão muito forte", aponta o repórter Sabag.

"Dentro do estádio são ouvidos cânticos contra o presidente, contra a classe política, não futebolístico. O protesto é exclusivamente com o fenômeno social", completa.

Na terça-feira (10) à noite, no duelo entre Universidad Católica e América de Cali, da Colômbia, o público no estádio também foi positivo. Até mesmo torcedores do adversário compareceram em peso. Yadir Utria, colombiano que mora na Venezuela e que foi ao Chile apenas por causa do jogo, esteve presente.

"Não é um problema, pois venho de Caracas e lá está acontecendo o mesmo, com protestos contra o governo. É normal nesse momento. O problema é entrar com fogo nos jogos, mas por enquanto tudo está normal, comenta o torcedor.

Foco no jogo

Apesar dos problemas, o zagueiro Robson Bambu quer o Athletico pensando apenas no duelo com o Colo-Colo, deixando de lado o que pode acontecer na arquibancada.

"A gente sabe que acontecem este tipo de adversidades nos estádios, mas todos nós somos maduros o suficiente para suportar qualquer tipo de dificuldade em uma partida. Esperamos estar totalmente focados para fazer um bom jogo", declara o defensor.

"A gente se preocupa muito com isso [com a questão social], mas vai ter total segurança no estádio e vamos chegar lá e jogar futebol. Esperamos que isso não aconteça, mas se acontecer, a polícia estará preparada", acrescenta Bambu.

Transmissão

O jogo terá transmissão do Fox Sports na tevê fechada. A Gazeta do Povo acompanha em tempo real.

Veja fotos do treino:

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Conheça o palco do jogo!

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Veja a chegada do Furacão:

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