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Família Frigerio viajou 2,5 mil quilômetros para ver o Furacão
Família Frigerio viajou 2,5 mil quilômetros para ver o Furacão| Foto: Rapahel Sibilla

Viajar em família, encarar a estrada, compartilhar uma paixão. Silvio, Luana e Magali, três torcedores do Athletico em San Juan, três apaixonados por estrada. “O foco disso aqui é a família, é de estar juntos. Fazemos tudo junto”, conta Magali Frigerio, mãe de Luana e esposa de Silvio.

O motorhome estacionado em frente ao Estádio Bicentenário, sede do Torneio de Verão, onde o Athletico enfrenta o Boca. Foram mais de 2,5 mil quilômetros de Curitiba até San Juan. “A estrada é linda, passamos por desertos, fazendas e mais fazendas. E o grande barato é que você aprende muito sobre o país. Aqui na Argentina conheci um povo bacana e que sempre te ajuda”, disse Silvio Souza, que é quem encara o volante na maior parte do tempo.

Raphael Sibilla
Raphael Sibilla

A paixão por motorhomes surgiu em 2015 quando um amigo esloveno do casal os convidou para uma viagem pela Itália, Eslovênia, Hungria e Áustria. “Quando voltamos em 2015, voltamos com o objetivo de que teríamos que trabalhar para comprar um motorhome. Tínhamos que focar até conseguir comprar um”, conta Magali. “Começamos com o motorhome porque não somos ricos. É uma forma barata de se conseguir viajar para fora”, revela Silvio, que calcula que irá gastar R$ 5 mil nesse tour pelo noroeste Argentino. Enquanto os torcedores que vieram de avião, comprando o pacote vendido pelo Athletico, gastaram R$ 3 mil e quinhentos por pessoa.

A vantagem de se estar com um motorhome é aproveitar para fazer turismo nos dias em que não tem jogo do Athletico no Torneio de Verão. Após o empate na última quarta-feira (15), contra o Racing, a família viajou até Mendoza, a 170 quilômetros de San Juan.

“Esse trecho entre San Juan e Mendoza é espetacular. Mendoza é uma cidade linda, os vinhedos. Almoçamos numa bodega, que espetáculo! Fomos também às Termas de Cacheuta, um lugar fantástico, ali no meio dos Andes, águas termais, quentes” conta Silvio. As Termas de Cacheuta são um dos principais atrativos turísticos de Mendoza, Luana, que tem 13 anos, e ainda não pode desfrutar dos bons vinhos da região, disse que adorou as termas. “Tirando o Athletico a melhor parte foram as termas”.

Raphael Sibilla
Raphael Sibilla

Mas a idealizadora da viagem queria mesmo era estar em San Juan para ver o Athletico versão 2020. “A melhor parte da viagem foi o Athletico. Eu queria rever os jogadores e ver os novos em campo. Marquinhos Gabriel e o Carlos Eduardo, ver o desempenho deles. E também ver o começo do trabalho do Dorival Junior”. Luana está de férias do colégio e conta como surgiu a ideia de vir assistir ao Torneio de Verão. “A ideia de vir foi basicamente porque eu não tinha nada pra fazer nas férias e daí eu vi que o Athletico ia jogar essa competição. O Brasileirão tinha acabado já há um tempo, então estava meio chato. Sem futebol fica meio chato”.

Os pais gostaram da ideia, Silvio tirou uma semana de folga no trabalho, Magali arrumou as coisas e os três partiram para a estrada. “Quando você viaja assim, você conhece muita gente legal, conhece cada história”, disse Magali. O motor home foi comprado em novembro do ano passado e ainda não está do jeito que a família quer. “Ali atrás falta um chuveiro, aqui na frente uns bancos giratórios, quero por uma ventana aqui também”, explica Silvio, entusiasmado por ter estreado o motorhome, justamente, para vir assistir ao Athletico. “Agora na Libertadores vamos ver se vamos conseguir viajar. O jogo contra o Penãrol no Uruguai me parece o mais fácil para a gente ir”.

Após o jogo contra o Boca, Silvio, Magali e Luana voltarão para a estrada encarar mais 2,5 mil quilômetros pela frente até Curitiba. Na bagagem muito vinho e boas histórias para contar. “Minha amigas ficaram doidas depois que elas me viram no Globo Esporte. ‘Luana a gente te viu na TV, o que você tá fazendo aí, o que tá acontecendo?’”. Em breve, pessoalmente, Luana vai explicar tudinho.

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