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Repercussão

Até o início da noite de ontem, a Gazeta do Povo recebeu 357 e-mails de torcedores do Coritiba questionando os critérios e o resultado do Desafio das Torcidas.

Confira algumas das participações e esclarecimentos

Desde que foi idealizado, no início da semana passada, o "Desafio das torcidas" teve por objetivo único e exclusivo incentivar os torcedores a lotar os estádios no fim de semana. Havia um ambiente extremamente favorável a isso na cidade, não só pela campanha de marketing lançada pelo Coritiba, mas também pela mobilização dos fãs dos dois clubes que seriam mandantes na rodada do fim de semana. Do Coxa um pouco mais antiga, desde o início da Série B e se intensificando a cada partida. Do Atlético mais recente, coincidindo com a redução do preço dos ingressos na Arena e também em intensidade crescente.

A resposta foi imediata. Talvez pela primeira vez na história do nosso futebol, passamos uma semana inteira em ritmo de Atletiba sem que os dois rivais se enfrentassem dentro de campo.

O duelo ficou restrito às arquibancadas e foi o mais fascinante possível. Nos borderôs, a soma de mais de 50 mil torcedores, um público que até os mais assíduos participantes do Foto-quiz da Gazeta do Povo Esportiva demorariam para dizer quando foi registrado pela última vez no estado. Na platéia, cenas inesquecíveis proporcionadas pelas torcidas.

Quem esteve sábado no Couto Pereira jamais vai se se esquecer do estádio inteiro pulando aos gritos de "Vamos subir Coxa!" e "Sai do chão, sai do chão é a torcida do Verdão!" até o Coritiba definir a vitória sobre o Ceará.

Da mesma maneira, os atleticanos presentes à Baixada no domingo terão orgulho de contar para os netos como os gritos de "Uh Caldeirão!" e "Só eu sei porque eu não fico em casa" ajudaram o Rubro-Negro a vencer um jogo decisivo na briga contra o rebaixamento.

E não podemos nos esquecer dos paranistas, que ficaram alheios ao Atletiba das torcidas, mas foram verdadeiros heróis ao apoiar o seu time do início ao fim mesmo em menor número na casa do rival.

Encerrados os jogos, a expectativa passou a ser em torno de quem ganharia o pôster na Gazeta do Povo Esportiva. A idéia de premiar a torcida mais presente no estádio era criar um reconhecimento aos fãs que tivessem se mobilizado mais para os jogos do fim de semana.

Para isso, porém, era necessário estabelecer um critério. A opção imediata foi o público pagante, como procuramos deixar bem claro ao longo de toda a promoção. Assim, levaríamos em conta apenas quem estava no estádio unicamente para torcer, já que outros critérios provocariam distorções.

Percentual de ingressos vendidos, por exemplo, significariam claro benefício a quem tem um estádio menor e, assim, atingiria um percentual mais alto com maior facilidade. O público total além de beneficiar o estádio maior, colocaria no mesmo bolo gente que foi ao Couto ou à Baixada para torcer com profissionais de imprensa, policiais e ambulantes, para citar três categorias, que estavam ali para trabalhar.

A diferença, como em todos os Atletibas, foi apertada. Mas o que importa foi a festa proporcionada tanto por coxas-brancas e rubro-negros e as famílias de volta aos estádios.

Não houve vencedor ou perdedor, nem melhor ou pior. Todos ganharam: as duas torcidas, que mais uma vez mostraram do que são capazes pelos seus times, e o futebol paranaense, que viveu uma semana gloriosa.

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