Além de definir se o Atlético será ou não rebaixado, o Atletiba de amanhã terá uma importância especial para o meia Paulo Baier. Mesmo com contrato até o final de 2012, o capitão rubro-negro deve repensar após a partida se continuará no clube ou se mudará de ares.
A dúvida ocorre devido às eleições inicialmente marcadas judicialmente para o dia 18. Caso a chapa de oposição, comandada por Mario Celso Petraglia, saia vencedora, a tendência é que o meia de 37 anos não fique no Furacão. Diversas vezes, nas redes sociais, o ex-presidente citou Baier como principal exemplo da "herança maldita" da gestão Marcos Malucelli.
Para não depender do resultado das urnas, resta ao jogador fazer a diferença dentro de campo. Caso o camisa 10 livre o time da degola, será muito difícil, independentemente de quem seja o próximo presidente, enfrentar a torcida e limar o "velhinho".
Porém não será fácil conseguir os três últimos pontos que podem salvar o Furacão. Em seis Atletibas disputados, Baier não fez nenhum gol sequer. Perdeu quatro e empatou dois. Números que refletem os mais de três anos de invencibilidade coxa-branca.
Retrospecto que não incomoda os atletas, segundo o técnico Antônio Lopes, único a falar com a imprensa nesta semana. "Quem vive de passado é museu. No futebol o negócio é o momento, o presente. Os jogadores não estão nem aí para isso", garante. "Eles estão tranquilos, são experientes. Ligam apenas para a partida que têm de enfrentar", completa o Delegado.
Desde que Lopes assumiu o comando da equipe, na segunda rodada do returno, o capitão não esteve em campo em apenas 4 dos 17 jogos. Mesmo assim, o treinador evita dar uma relevância especial a um dos artilheiros do time no Brasileiro ao lado de Marcinho e Guerrón, com cinco gols. "O Paulo Baier é importante como os outros. É um grande jogador, de boa técnica, experiente. É muito importante", discursa.
A relevância do meia foi demonstrada desde a chegada do jogador, em 2009. Na ocasião, foi contratado por indicação do técnico Geninho e teve participação fundamental para evitar o rebaixamento. Em 2010 também ajudou, especialmente com a sua bola parada, na campanha do quinto lugar no Nacional.
Nesta temporada, Baier foi o segundo atleticano que mais jogou. Sobrecarga que acarretou em uma lesão na coxa e o deixou 14 rodadas fora do campeonato. Mesmo assim, ainda é o artilheiro do time na temporada: 18 gols, 5 a mais do que Guerrón.
Desde 2003, quando o Brasileiro começou a ser disputado por pontos corridos, ninguém balançou mais a rede: 92 vezes por Criciúma, Goiás e Palmeiras. Agora a torcida atleticana espera pelo menos o 93.º gol para livrar o time e o próprio capitão de um futuro nebuloso.
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