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Presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, abraça o presidente do Coritiba, Rogério Portugal Bacellar, na coletiva antes do Atletiba | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
Presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, abraça o presidente do Coritiba, Rogério Portugal Bacellar, na coletiva antes do Atletiba| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

A três dias do primeiro Atletiba da temporada, os presidentes Mario Celso Petraglia e Rogério Bacellar selaram com um abraço o momento de união vivido pelos rivais.

A cena foi testemunhada na tarde de quinta-feira (19), após uma inédita coletiva de imprensa conjunta realizada por Atlético e Coritiba. Se não foi o pontapé inicial da retomada das relações bilaterais entre os clubes– os times já haviam anunciado, no fim de janeiro, um patrocínio amarrado coletivamente –, a ação foi a prova mais emblemática que ambos pretendem seguir o mesmo caminho. O ousado objetivo é tentar repetir o sucesso dos mineiros Cruzeiro e Atlético-MG, atuais campeões do Brasileiro e da Copa do Brasil, respectivamente.

"Nosso futebol não é mais local ou estadual. É nacional ou internacional. Não podemos continuar com a rivalidade impedindo o nosso crescimento", discursou Petraglia, mandatário do Furacão, que também citou Grêmio e Internacional como exemplo de parceria fora dos gramados.

"Nos últimos anos, o futebol brasileiro tem sido de Minas. Os gaúchos sendo fortes e por que não nós? Porque somos um pouco mais autofágicos em função da nossa visão pequena. Não é crítica. Eu me incluo também. O Atlético não pode ser uma ilha. O Coritiba não pode ser uma ilha. Temos de estar ligados para fazer o futebol que queremos", adicionou o dirigente.

O técnico coxa-branca Marquinhos Santos é um modelo de como a relação estreita entre os adversários pode ser positiva. Ele começou a carreira na base atleticana, mas mudou de cores em 2009 e hoje está em sua segunda passagem pelo time do Alto da Glória. Nesse período, garante que viu o futebol local minguar e perder espaço até para vizinhos de menos tradição.

Entre uma e outra guerra de notas oficiais, alviverdes e rubro-negros encolheram. "Estamos sendo ultrapassados até pelo futebol catarinense, com quatro equipes na Série A. E hoje nós somos tidos como o sétimo campeonato regional [em valorização]", criticou o treinador, citando a queda de arrecadação e de qualidade técnica do Paranaense.

A aproximação também culminou na criação de uma campanha contra a violência focada no clássico. "Sempre rivais. Nunca inimigos". Este é o mote da ação que define o Atletiba como um "patrimônio dos paranaenses".

"Esperamos que o clássico seja uma disputa desportiva com muita raça, dedicação e amor à camisa de ambos os lados. Mas que impere a paz não só no estádio, mas em todos os lugares. Desejamos sorte aos dois clubes e espero que o Coritiba saia vencedor", fechou Bacellar com uma leve cutucada no coirmão.

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