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Viagem Maldita. O nome do filme estampado na camisa do Juventude – que é patrocinado por uma distribuidora de DVDs – bem que poderia representar a ida do Atlético a Caxias do Sul para enfrentar o Alviverde gaúcho, ontem.

O Furacão viajou em busca de uma vitória para entrar na briga por uma vaga na Libertadores. Voltou com uma derrota por 3 a 2 e a confirmação de que a qualidade da equipe dificilmente permitirá isso. O resultado afastou o time oito pontos da faixa de classificação para o torneio continental e agora só uma arrancada espetacular nas últimas 11 rodadas pode colocá-lo entre os primeiros.

Pelo menos a ameaça da zona de rebaixamento continua distante. Graças à vitória do Paraná sobre a Ponte Preta, o Furacão se manteve cinco pontos acima do grupo dos quatro últimos colocados.

Ontem, o principal desafio era superar a barreira defensiva do time gaúcho, que há sete jogos não sofria nenhum gol em casa. O Atlético até conseguiu isso em dose dupla. Quando perdia por 1 a 0, Paulo Rink fez de cabeça, pouco antes do intervalo, o seu primeiro na volta ao clube. No fim, quando o placar estava em 3 a 1, Pedro Oldoni, depois de longo tempo afastado, reapareceu para marcar também de cabeça.

O problema foi a frouxa marcação. O time paranaense deixou a desejar justamente em sua principal virtude nas últimas partidas, e o Juventude teve espaço à vontade para jogar. Ficou mais uma vez a lição de que, com um elenco mediano, o Rubro-Negro não pode abrir mão da pegada.

Mesmo assim, o Alviverde gaúcho só conseguiu o primeiro gol depois de um erro do árbitro paulista Sálvio Spinola Fagundes Filho. Apesar do toque de mão de Marcelo Silva na área ter sido claramente sem intenção, o juiz marcou pênalti. Christian deslocou Cléber na cobrança e abriu o placar aos 24 minutos.

O Atlético voltou para o segundo tempo animado com o gol de Paulo Rink e, tentando ser ofensivo, deu mais campo ainda para os donos da casa. Logo aos cinco minutos Alexandre ganhou a dividida com João Leonardo e bateu forte para marcar. Aos 22, depois de uma rebatida errada do mesmo zagueiro, Cléber até defendeu o chute cruzado de Marcel, mas Wellington apareceu sozinho para completar.

Se os gols de Rink e Oldoni foram as novidades do dia, uma coisa permaneceu exatamente igual: novamente Cléber foi um dos destaques do Atlético em campo. Principalmente no segundo tempo ele teve de trabalhar muito para evitar que o Juventude não terminasse com um placar mais elástico e transformasse completamente a excursão atleticana numa viagem maldita.

Em caxias

Juventude 3André; Fábio Ferreira, Antônio Carlos e Ígor; Raulen (Rafael), Walker, Lauro, Alexandre (Cristiano) e Wellington; Marcel e Christian (Alessandro).Técnico: Ivo Wortmann.

Atlético 2Cléber; Jancarlos, Danilo, João Leonardo e Michel; Erandir (Alan Bahia), Marcelo Silva, Cristian e Ferreira (Válber); Marcos Aurélio (Pedro Oldoni) e Paulo Rink.Técnico: Vadão.

Estádio: Alfredo Jaconi.Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (Fifa-SP)Gols: Christian (J) aos 24 e Paulo Rink (A) aos 45 do 1.º tempo; Alexandre (J) aos 5, Wellington (J) aos 22 e Pedro Oldoni (A) aos 42 do 2.º tempo.Amarelos: Antônio Carlos, Alexandre (J); Paulo Rink, Erandir (A).Público pagante: 4.456.

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