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O Atlético se preocupou muito, durante a semana, em mostrar poder de marcação contra o Cruzeiro. Fixou-se em fortalecer a pegada e esqueceu-se de algo ainda mais importante: a finalização. Pagou pelo excesso de oportunidades perdidas com o empate por 1 a 1 com a Raposa, ontem, na Arena.

Com o resultado, o Furacão ficou mais distante da briga por uma vaga na Libertadores do ano que vem. É o 12.º colocado com 36 pontos, 10 a menos que o Paraná, quinto colocado e atualmente dono da última vaga para o torneio continental. Por outro lado, ter somado somente um ponto dentro de casa fez o Atlético permitir a aproximação do pelotão assombrado pelo fantasma do rebaixamento. O líder dessa turma de ameaçados é o Corinthians, quatro pontos atrás do Rubro-Negro.

Mas, segundo o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, o resultado diante do time mineiro não impede os paranaenses de sonhar. "Ainda não está completamente descartada a chance de brigar pela Libertadores. Vencendo três jogos seguidos tudo muda", comentou, sem muita convicção, resgatando o discurso de quando o rebaixamento era um perigo mais iminente para o Furacão.

As palavras do comandante – chamado de burro no fim da partida – poderiam até criar alguma esperança se o comportamento da equipe não fosse tão inconsistente. O jogo de ontem é o exemplo da instabilidade atleticana. Melhor que o adversário na primeira etapa, o Furacão teve ritmo de goleada. As inúmeras jogadas criadas, entretanto, morreram na incompetência coletiva no momento da conclusão.

De pelo menos cinco chances reais, apenas uma entrou na meta mineira. Dentro da área, Michel recebeu passe de cabeça de Jancarlos, driblou dois zagueiros e fuzilou. Daquele instante, ao 29 minutos, até a expulsão de Martinez, aos 47 minutos, que parecia selar o destino cruzeirense, o Caldeirão ferveu com a pressão dos donos da casa. Pena que Denis Marques, Cristian e Ferreira não fizeram jus à história do duelo, que tem média alta de gols – nos últimos dez confrontos era de 4,5 bolas na rede por partida.

"Temos de matar logo o jogo". A frase de Michel na saída para o intervalo ilustrou a dura realidade que viria. Na volta do descanso, o Cruzeiro achou espaços na meia-cancha e, tocando rápido e consciente, castigou o anfitrião com gol de Wágner, logo aos 11. Foi a deixa para os times deixarem para trás os esquemas táticos e tentarem a vitória na base da correria.

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Em CuritibaAtlético 1 x 1 Cruzeiro

AtléticoCléber; Jancarlos, Danilo, João Leonardo (César) e Michel; Marcelo Silva, Alan Bahia, Cristian (Válber) e Ferreira; Marcos Aurélio e Denis Marques (Pedro Oldoni). Técnico: Vadão.

CruzeiroFábio; André Luís, Gladstone e Luisão; Gabriel, Fábio Santos, Martinez, Wagner (Diego) e Élson; Élber (Leandro) e Ferreira (Jônatas). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Estádio: Arena. Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa-SP). Gols: Michel (A), aos 29 do 1.º tempo; Wagner (C), aos 11 do 2.º tempo. Amarelos: Michel, Marcelo Silva, Cristian, Marcos Aurélio e César (A); Gladstone e Luisão (C). Vermelhos: César (A); Martinez (C). Público: 7.917 pagantes (9.615 total). Renda: R$ 112.767,50.

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