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Novo treinador do Atlético, Fernando Diniz ganhará sua principal chance na carreira de treinador. Marcado pela ótima campanha do Audax, vice-campeão no Paulista de 2016, será a primeira vez que Diniz vai assumir uma equipe de Série A.

Após a demora de Clarence Seedorf para aceitar o cargo no Furacão, o presidente Mario Celso Petraglia convidou o técnico, na última terça-feira (2), para ser o comandante rubro-negro em 2018.

Considerado como um técnico criativo, Diniz também ficou marcado pelo temperamento explosivo. Veja abaixo vantagens e desvantagens que o Atlético pode encontrar com o treinador de 43 anos.

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Vantagens

Trabalho no Audax

O estilo de jogo do modesto time paulista surpreendeu. No Paulista de 2016, o time eliminou São Paulo e Corinthians, além de dificultar a vida de Palmeiras e Santos – o Peixe acabou levantando a taça após um placar agregado por 2 a 1.

Posse de bola, troca de passes, mudanças de posicionamento dos atletas durante a partida e o goleiro jogando com os pés. Essas são algumas características do esquema “carrossel”, idealizado por Diniz e que deve ser implementado no Atlético.

Sem o fantasma do Estadual

O Atlético já definiu que vai utilizar a equipe sub-23, comandada por Tiago Nunes, no Paranaense 2018. Com isso, Diniz vai se livrar de uma tendência do futebol brasileiro: a demissão de técnicos durante os estaduais.

Com essa estratégia, o comandante rubro-negro terá quase um mês de trabalho antes do seu primeiro teste. A primeira partida do time principal será entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro diante do Caxias, pela Copa do Brasil.

Chance na carreira

É a grande oportunidade de Diniz mostrar serviço. Apesar do destaque nacional obtido pela campanha do Audax, essa é a primeira porta de um clube da Série A que se abre ao treinador. Votoraty, Paulista, Botafogo-SP, Atlético Sorocaba, Guaratinguetá, Paraná, Audax e Oeste. Com todos esses clubes no currículo, o Atlético dará a maior chance de Diniz.

Desvantagens

Temperamento forte e relação com o clube

Apesar de ser um inovador no aspecto tático, Diniz é tido como intempestivo. Com cobranças fortes nos vestiários, o técnico cria algumas desavenças. Superar isso talvez seja o principal desafio do trabalho no Furacão.

Até porque o clube conta com o DIF (Departamento de Inteligência de Futebol) e com a Exos. A empresa norte-americana, especializada em preparação física, atuará como uma consultora a partir de 2018, mas, segundo Petraglia, teve sua metodologia assimilada pela comissão permanente do Rubro-Negro.

A participação dos atletas nos jogos é definida por esses setores. Caso Diniz não saiba lidar com essa situação, provavelmente terá problemas com a diretoria atleticana.

Vale lembrar que, no ano passado, Eduardo Baptista foi exemplo disso. Irritou-se com o sistema rubro-negro e fez com que os dirigentes perdessem a paciência. A saída de Baptista foi inevitável, mesmo após apenas 13 jogos no comando técnico.

Estilo de jogo: da noite para o dia?

Diniz acredita em uma ideia de jogo, com posse de bola e muita movimentação. E ela pode se encaixar com o sistema do Atlético. O esquema 4-2-3-1, tomado como base pelo clube, também pode ser modelado por Diniz. Afinal, outros técnicos já mostraram variações para 4-1-4-1, 4-3-3 ou até mesmo um esquema com três defensores ao longo dos jogos.

Entretanto, a capacidade dos jogadores se adaptarem ao “estilo Diniz” pode ser questionada. As primeiras performances da equipe podem não apresentar o desempenho esperado. E daí a cobrança da torcida e da diretoria, caindo na cultura imediatista por resultados pode pintar no ambiente rubro-negro.

Falta de experiência

A rodagem de Diniz em clubes de menor expressão pode se tornar um problema. A realidade diferente das equipes na elite do futebol brasileiro multiplica a pressão sobre os profissionais. E isso aumenta no Atlético, visto a relação entre membros do departamento de futebol com a diretoria. Por tudo isso, é preciso criar um ambiente favorável e ter paciência para Diniz desenvolver seu trabalho.

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