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Cirurgia sem data definida

A intervenção cirúrgica para reparar fraturas no nariz e no maxilar de Alex Mineiro ainda não tem data marcada. Os médicos do clube decidiram esperar mais 48 horas para definir quais serão os procedimentos. Assim que foi atingido, o jogador recebeu os primeiros atendimentos ainda no gramado, deixou o estádio Olímpico e foi para o Hospital Mãe de Deus. No dia seguinte o jogador voltou para Curitiba em uma UTI móvel aérea e está internado em um hospital de Curitiba.

Junto com Alex Mineiro veio o jogador Evandro. Como seu caso é menos grave, ele recebeu atendimento médico em Curitiba e foi liberado. Evandro deve retornar ao time em duas semanas, enquanto Alex só volta a trabalhar com bola em cerca de 60 dias.

Após um fim de semana terrível para o Atlético – atenuado apenas pelo ponto trazido de Porto Alegre após um empate heróico – o time tentou retomar a rotina nesta segunda-feira. Só que voltar ao trabalho não significou esquecer as polêmicas contusões de Alex Mineiro e Evandro, além do acidente que envolveu o volante Alan Bahia. Alex Mineiro teve fraturas no maxilar e nariz, enquanto Evandro perdeu um dente e outros três foram quebrados.

O Atlético retomou os trabalhos com treinos físicos e também um coletivo. O técnico Antônio Lopes comandou um coletivo para tentar definir quais jogadores serão escalados para o time titular, que não contará com Claiton e Edno, suspensos, Alex Mineiro, Evandro e Alan Bahia contundidos. O Furacão volta a campo nesta quarta-feira contra o Corinthians.

Agressões?

Ainda no domingo, um dia após o jogo, o Atlético se pronunciou oficialmente, pelo seu site, sobre o que chamou de "Repúdio às bestas-feras". No texto, assinado pelo presidente do Conselho Gestor, João Augusto Fleury da Rocha, o Furacão acusa os jogadores gremistas de agressão e lesão corporal, dizendo que eles mudaram o esporte de "futebol para chegarem ao boxe". Fleury disse ainda que as atitudes dos jogadores do Grêmio foram respaldadas pela diretoria e tiveram a conivência do árbitro Paulo Henrique de Godoy Bezerra.

A resposta veio em um suave tom de ironia. O presidente do Grêmio, Paulo Odone disse considerar os dois lances normais. "Foi um choque entre dois jogadores, que infelizmente acontece no futebol. Não houve dolo ou má fé. Não foi uma partida violenta que justificasse o clima dessa nota (emitida pelo Atlético). Pareceu-me de um amadorismo, de uma ingenuidade, de quem não é do futebol. Esse presidente do Conselho Gestor, que assina e eu não conheço, não deve ser do futebol".

O jogador Tcheco foi procurado pela reportagem, mas seu celular estava desligado. Em entrevista a rádios de Curitiba o volante disse não entender as atitudes do Atlético, que estaria tentando fazer um carnaval com o caso. O jogador se mostrou preocupado com a situação do companheiro e disse lamentar o ocorrido. Segundo Tcheco, a jogada em que Alex Mineiro foi atingido foi normal do jogo e citou exemplos de jogadores gremistas que também foram atingidos durante partidas, se recuperaram e já voltaram a servir o time.

Lopes faz muitas críticas

O treinador Antonio Lopes estava indignado com os fatos que marcaram o empate do Atlético com o Grêmio. "A culpa maior foi do árbitro que não foi bem na parte disciplinar. Ele deveria ter coibido o jogo violento por parte da maioria dos jogadores do Grêmio. Nós tivemos dois jogadores lesionados gravemente em face da violência colocada pelo Grêmio e o árbitro nem sequer expulsou esses jogadores".

O comandante do Rubro-Negro isentou o jogador Tcheco pela falta que originou a lesão de Alex. "Ele não deu pênalti no lance do Alex Mineiro, que foi empurrado pelo Schiavi. Quando ele tentou fazer o gol de cabeça, o Tcheco tentou tirar a bola e acertou o rosto do Alex. Ele foi culpado por esse jogo violento, porque não expulsou os jogadores do Grêmio".

Já sobre a cotovelada que o jogador gremista deu em Evandro, Lopes disse não saber se a "agressão" foi intencional. "Não sei se foi intencional, mas arrancou os dentes do Evandro. Também não sei de a fratura do rosto do Alex Mineiro foi intencional. Eu não tive contato com o Evandro, só vi no momento que ele estava saindo e me mostrou como ficou a boca. Então não sei quem estava na jogada e não consegui ver direito o lance".

O treinador do Atlético diz que o time foi prejudicado em três jogos. "Fomos prejudicados nesse jogo pelo árbitro, assim como fomos prejudicados no jogo contra o Cruzeiro. Todo mundo viu que o lateral foi batido uns 15 ou 20 metros do local ideal e tomamos o gol em um jogo que poderíamos ter vencido. Fomos prejudicados também contra o Vasco da Gama, no gol do Marcelo, que o João Leonardo fez o cruzamento e não estava em impedimento".

"Eles (diretoria) deverão fazer um contato com a CBF para ter mais atenção e mais cuidado principalmente na parte técnica. Como o árbitro não colocou na súmula e não expulsou ninguém, temos como ver nos tapes para punir", concluiu Lopes.

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