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Paulo Autuori está balançado. É de R$ 700 mil mensais, por um contrato de dois anos, a proposta que o Al-Rayyan, do Qatar, fez ao treinador. O valor, em torno de US$ 400 mil, representa três vezes o que é pago pelo Grêmio e somaria R$ 16,8 milhões ao fim do contrato. Cifras que podem levar o técnico a abandonar o projeto de longo prazo traçado em maio, quando chegou ao Olímpico, vindo do próprio Al-Rayyan. Cautelosa, a direção já admite ter um plano B.

Outro complicador é a disposição do clube árabe de indenizar o próprio Grêmio, quitando a multa rescisória do técnico, fixada em R$ 1,8 milhão. Por enquanto, a única garantia do clube é o desejo de Autuori de levar adiante o projeto de promover uma total integração entre os profissionais e a base. Por indicação do técnico, pelo menos cinco novos juniores irão compor o grupo já na próxima temporada.

"Tenho total liberdade com Autuori. E em nenhum momento ele me colocou o desejo de sair. Mas quem não vai balançar quando se pode fazer a independência financeira? A decisão é pessoal. Não podemos concorrer com o mercado árabe", reconhece o diretor de futebol, Luiz Onofre Meira.

Não há, por enquanto, qualquer indício sobre quem seja o plano B. A dificuldade seria a mesma encontrada quando Celso Roth saiu, em abril. O nome de Adilson Batista, do Cruzeiro, cogitado no fim de semana, não tem bom trânsito no Olímpico.

Seja quem for, ele terá de se enquadrar na política de futebol estabelecida para 2010. O Grêmio terá, no máximo, cinco reforços. Três deles, segundo Meira, "estão bem encaminhados". São eles Hugo e Borges, do São Paulo, e Leandro, do Verdy Tokyo. O dirigente admite dificuldade em encontrar um lateral-direito. E não descarta voltar-se para o mercado sul-americano.

"Temos uma boa base. Só precisamos acrescentar qualidade e apostar na continuidade. Fábio Koff fez isso em 1993, foi bicampeão sul-americano e quase chegou ao bi mundial. Imediatismo só prejudica", afirma Meira.

A boa campanha no Brasileirão do ano passado também foi consequência da aposta na continuidade, segundo o diretor de futebol. Em abril, apesar da pressão da torcida, que pedia a saída de Celso Roth, o técnico foi mantido e fez do Grêmio vice-campeão brasileiro.

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