Avaí faz três gols em seis minutos, bate o Emelec e chega às quartas

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Avaí e Goiás são adversários diretos na batalha pela permanência na Série A do Brasileirão. E agora vão duelar por um novo objetivo: uma vaga na semifinal da Copa Sul-Americana. Um dia depois do time goiano se classificar para as quartas de final do torneio internacional, na noite desta quarta-feira foi a vez da equipe catarinense seguir na luta pelo título. Com uma reação fulminante no início do segundo tempo, com três gols em um espaço de seis minutos, o Avaí bateu o Emelec por 3 a 1, no estádio da Ressacada (Florianópolis). No jogo de ida, na quarta-feira da semana passada, o time equatoriano havia vencido por 2 a 1.

O primeiro jogo entre Avaí e Goiás pelas quartas será disputado na próxima semana, em dia, horário e local ainda a serem definidos pela Conmebol. No domingo, às 16h (de Brasília), os dois clubes se encontram no Serra Dourada, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, em jogo fundamental para as duas equipes na luta contra a queda para a Série B. O Avaí é o antepenúltimo colocado, com 30 pontos, dois a mais que o Goiás, o penúltimo.

Apesar do risco de rebaixamento no Brasileirão, Vagner Benazzi não quis saber de poupar jogadores e mandou a força máxima do Avaí a campo, em busca da inédita classificação do clube para as quartas de final de um torneio internacional. Mas a missão do Avaí ficou mais complicada logo com um minuto de jogo. Após falha de Rudinei, Ayoví dominou pela esquerda, gingou na frente de Emerson Nunes e cruzou. Na pequena área, Rojas se esticou e completou para a rede.

O gol-relâmpago não desanimou a torcida do Avaí, que seguiu incentivando a equipe. Se o time catarinense se lançou ao ataque, o visitante, com a vantagem, passou a fazer cera. Por demorar a repor a bola, o goleiro Elizaga levou cartão amarelo com apenas 12 minutos de jogo.

Os atletas do time catarinense começaram a se impacientar com as postura do adversário e as dificuldades de superar a eficiente marcação da equipe equatoriana. Apesar do maior volume de jogo, o time de casa teve poucas chances reais de gol na etapa inicial. O arqueiro Elizaga só foi realmente exigido uma vez, aos seis minutos, quando Roberto invadiu a área e chutou para defesa do camisa 1.

Reação avassaladora garante a vaga

Com a equipe em desvantagem, Benazzi tentou melhorar a armação do time, escalando o meia Válber no lugar do lateral Marcos. E após quase sofrer o segundo gol em um erro na saída de bola, o time catarinense conseguiu três em seis minutos. Aos dois, após centro sobre a área, Elizaga saiu mal da meta e rebateu a bola nos pés de Caio. O meia caprichou no cruzamento e encontrou Roberto na área. O atacante cabeceou bem, para baixo, e igualou o placar.

A torcida alviceleste se animou e contagiou o time em campo. Aos cinco, Caio deu ótimo passe para Roberto, que mandou uma bomba na trave esquerda. A bola sobrou para Eltinho completar para o gol vazio. Faltava um gol para que o Avaí evitar que a disputa da vaga fosse para os pênaltis. E ele veio rapidamente. Aos oito, Válber cobrou falta sobre a área, e Emerson se antecipou a Elizaga e cabeceou para a rede.

Com a reação, os times trocaram de papel. O Avaí passou a explorar os contra-ataques, reforçou a marcação (com o lateral Pará no lugar do meia-atacante Robinho) e passou a prender a bola. O goleiro Zé Carlos recebeu amarelo por cera, e os gandulas sumiram da beira do campo.

Já o treinador Jorge Sampaoli mandou o Emelec para frente. Mas o time equatoriano mostrou dificuldades para trocar passes e praticamente limitou suas tentativas a bolas alçadas sobre a área. Quase todas rebatidas pelos defensores do clube brasileiro.

Quem teve a melhor chance para marcar foi o Avaí, em um chute de Pará, de fora da área, que Elizaga espalmou para córner. Nos minutos finais, o Emelec rondou a área, mas não conseguiu concluir a gol. Apesar da vantagem, o nervosismo em alguns atletas do time casa era evidente. Caso do goleiro Zé Carlos, que, nos acréscimos, recolocou a bola em jogo quando o zagueiro Emerson estava caído na área. Aos 49, Carlos Quiñonez, na pequena área, completou por cima do gol, assustando a torcida na Ressacada. Mas o silêncio se transformou em alegria com o apito final. E a inédita classificação para uma competição internacional.