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Desde que a Fifa cancelou a festa de abertura da Copa do Mundo, marcada para 7 de junho, no Estádio Olímpico de Berlim, dois dias antes do primeiro jogo, entre Alemanha e Costa Rica, em Munique, as duas principais cidades da Alemanha iniciaram uma disputa particular para ver quem organiza a melhor programação cultural para marcar o início do evento. Evidentemente a um custo bem inferior a 25 milhões de euros, que seria o quanto a Fifa gastaria com o show idealizado pelo artista austríaco Andre Heller.

Na terça-feira, Heller acusou a CBF de ter pressionado a Fifa para cancelar a festa, sob a alegação de que o evento estragaria o gramado onde o Brasil estreará na Copa, dia 13 de junho, contra a Croácia. Este foi o argumento usado pela Fifa para o cancelamento, mas alguns jornais publicaram que o verdadeiro motivo foi o alto custo do evento.

Fifa doará verba para Berlim organizar festa popular

As queixas de Heller foram recebidas com ironia na imprensa. "Ronaldinho Gaúcho e companhia seriam os estraga-festas?" publicou o "Bild", jornal de maior circulação no país. A polêmica reascendeu uma antiga rivalidade entre Munique e Berlim. A capital, segundo os bávaros de Munique, quer atrair toda a atenção da mídia desde que voltou a ser a capital da Alemanha, depois da reunificação em 1989. Mas Munique, que se vê como a capital cultural do país, não admite ficar para trás.

- A idéia de fazer um show de abertura em Berlim quando a Copa vai ser aberta na verdade em Munique é absurda - reclama Christian Ude, prefeito de Munique, que reagiu imediatamente ao cancelamento da festa oficial da Fifa oferecendo uma ampliação dos eventos já agendados para a cidade durante o Mundial.

Além dos 20 minutos de show que Heller ainda fará momentos antes de a bola rolar em 9 de junho, em Munique, o prefeito pretende ampliar o concerto reunindo as três grandes orquestras da cidade - Orquestra da Ópera Estatal, a Orquestra Filarmônica de Munique e a Orquestra Sinfônica - sob a regência do maestro indiano Zubin Mehta e com a participação de Placido Domingo. O evento acontecerá no dia 6 de junho.

Já o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, não perdeu tempo depois que a festa foi cancelada pela Fifa. Na sexta-feira, ele pediu à entidade que apoiasse uma outra comemoração, próxima ao Portão de Brandenburgo. A Fifa anunciou na terça que doará um milhão de euros para a festa popular. Será sua única participação no evento.

O Comitê Organizador pediu que a empresa Stiftung Warentest retire de seu relatório as críticas feitas às condições de segurança dos estádios, alegando que a Fifa já havia aprovado todos. A Alemanha gastou mais de 1,5 bilhão de euros na construção ou reforma dos 12 estádios para a Copa.

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