Bilheteria paranista contradiz as críticas

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Convocada pela diretoria para ajudar o Paraná, como última alternativa para o clube fugir da crise financeira, a torcida tricolor já vem fazendo a sua parte – pelo menos, dentro da realidade da Série B. No ranking de público da competição, os tricolores aparecem em 7.º lugar. Quanto à renda, os paranistas saltam para a 4.ª posição, atrás apenas de três clubes do Nordeste.

Nas cinco partidas na Vila Capanema pela Segunda Divi­são foram ao estádio 17.299 pessoas, o que representa uma média de 3.460 tricolores por jogo. Desempenho que poderia ser ainda melhor, não tivesse o clima de Curitiba espantado os fãs em, pelo menos, dois compromissos. Diante de Portuguesa e Guara­tinguetá, a chuva foi tanta que chegou-se a cogitar a transferência dos jogos.

Quando o assunto é dinheiro, a situação melhora. O Paraná arrecadou até agora R$ 336.985 nas cinco vezes em que abriu as bilheterias do Durival Britto. O clube ostenta a 5.ª maior renda de toda a competição. Quando venceu o Vila Nova-GO por 1 a 0, a arrecadação foi de R$ 146.535.

Apesar disso, a diretoria viu na torcida uma chance derradeira para colocar as contas em dia e, indiretamente, empurrá-la para um feito considerável nos padrões da Segundona. "Não é ruim [o comparecimento], mas no Paranaense não fomos bem de público. Vejo então que precisamos melhorar ainda", comenta o presidente paranista Aquilino Romani.

Na semana passada, o clube lançou um "pacote da salvação", com ingressos a R$ 100 e R$ 150 que valem para dois jogos, contra Náutico (31/07) e Coritiba (07/08). A procura nos primeiros dias foi pequena, até segunda-feira foram vendidos apenas 150 ingressos. Essas entradas estarão disponíveis até sexta-feira.

Por causa disso, o clube decidiu majorar as entradas normais para o encontro com o Coxa. Quem quiser ir apenas ao clássico, pagará R$ 50 na curva norte e na reta do relógio (que custavam R$ 30 e R$ 40, respectivamente), R$ 60 na arquibancada social (antes R$ 50) e R$ 70 nas cadeiras sociais (antes R$ 60). A torcida alviverde terá de arcar com R$ 50 para o setor visitante.

"Se o torcedor não nos ajudar agora, nessa mobilização tão importante, vou pensar que estamos trabalhando errado. Mas eu aposto que até o final da semana as coisas vão melhorar", diz Romani.