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Artista de rua reproduz a logomarca dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 nas areias de Copacabana | Vanderlei Almeida/AFP
Artista de rua reproduz a logomarca dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 nas areias de Copacabana| Foto: Vanderlei Almeida/AFP

Patrocínios

Projeção do COB é cobrar US$ 570 mi

Após a escolha do Rio para organizar os Jogos de 2016, o embate agora se dará entre as empresas para saber quais vão ser as escolhidas para se associar à marca Rio-2016. Apenas dez poderão ser selecionadas e vão disputar uma participação num patrocínio projetado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em US$ 570 milhões.

O valor é muito maior do que o cobrado no último ciclo de patrocínio do comitê que se encerraria em 2010, cerca de R$ 10 milhões para cada empresa. O término do ciclo foi antecipado para 2009, por conta da vitória da campanha carioca.

Essa disputa pela verba de patrocínio oficial traz embutido um complicador. Quem tem prioridade em selecionar os patrocinadores mundiais da Olimpíada é o Comitê Olímpico Internacional (COI), que em 2016 espera arrecadar US$ 335 milhões. E se o COI escolher uma empresa de automóveis por exemplo, nenhuma das nacionais poderá se candidatar. Isto vale para todos os setores.

Rio de Janeiro - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai ser o principal fi­­nanciador das duas maiores competições esportivas do mundo, a Copa de 2014 e a Olim­­píada do Rio, em 2016. O banco deve oferecer ao menos R$ 15 bilhões para os eventos.

Mais do que bancar diretamente os custos das empreitadas bilionárias, o governo fe­­deral vai passar ao BNDES a tarefa de custear com empréstimos os principais gastos de infraestrutura urbana, os mais custosos, para os dois eventos.

O banco de desenvolvimento foi a saída escolhida pela União para honrar os principais gastos com os projetos esportivos, com menos riscos de perder dinheiro. Caberá ao governo federal investir em portos, aeroportos e paisagismo.

Uma pista disso foi o recado que a ministra Dilma Rousseff deu ao diretor de Inclusão Social e de Crédito do BNDES, Élvio Gaspar, sexta-feira, uma hora antes do anúncio da vitória do Rio para 2016. "Prepare-se, você terá muito trabalho!’’.

Entre os futuros financiadores, o BNDES aparece como o principal. O banco vai disponibilizar inicialmente R$ 5 bilhões para o PAC da Mobilidade, programa que prevê a construção de vias, criação de corredores de ônibus articulados e a expansão com criação de outras linhas do metrô carioca. Segundo o ministro Márcio Fortes, o valor pode au­­mentar.

Os investimentos na área são os mais vultosos, segundo projeto executivo de 2016. Só o valor para infraestrutura pode chegar a R$ 20 bilhões.

O diretor do banco Élvio Gas­­par afirmou que vai disponibilizar R$ 4,8 bilhões para a reforma/construção de estádios para a Co­­pa, mais do que os R$ 3,6 bilhões previstos.

Esse montante já prevê o teto de R$ 400 milhões por estádio, limite de financiamento de 75% e inclui recursos para três instalações privadas – Morumbi, do São Paulo, Beira-Rio, do Internacio­­nal, e Arena da Baixada, do Atlético.

Os investimentos para a Copa e os Jogos coincidem. O que é gasto para 2014 já serve como herança para dois anos depois.

A Olimpíada deve custar R$ 25,9 bilhões, sete vezes o valor do Pan-07, de R$ 3,7 bilhões.

O BNDES também abrirá uma linha para reforma de hotéis para a Copa, que Gaspar estima ser de R$ 1 bilhão – e variar de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões, em média, por imóvel.

Com a Olimpíada, o montante deve subir para até R$ 5 bilhões, porque é necessária a construção de mais 10 mil a 12 mil quartos no Rio, para atender os parâmetros olímpicos.

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