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Demorou bastante, muitas reclamações e protestos se acumularam através dos anos até que a Fifa resolvesse adotar a tecnolo­gia da bola com chip no Mundial de Clubes que se iniciou ontem com o jogo no qual o Sanfrecce Hiroshima, campeão japonês, venceu o Auckland City, campeão da Liga da Oceania.

O feito foi importante porque representou o primeiro passo dado pela centenária entidade no sentido de absorver tudo o que as engenhocas eletrônicas e tecnológicas podem trazer de benefício para o esporte mais popular do planeta. Pela primeira vez no futebol foram usadas bolas com chips e traves com sensores para avisar os árbitros quando a bola ultrapassar a linha de gol.

Quanto à interpretação correta da regra do impedimento, entretanto, não se tem notícia de alguma medida para ajudar os auxiliares de linha, os populares e polêmicos bandeirinhas.

Uma sugestão, talvez, fosse a instalação de algum equipamento eletrônico que emitisse um sinal ao auxiliar no momento em que o atacante se colocasse na mesma linha do marcador ou em posição de impedimento, evitando, assim, tantos aborrecimentos para as equipes prejudicadas pela interpretação equivocada do lance.

E a regra do impedimento, como se sabe, é intocável, pois se trata da ciência do jogo. Ou, se preferirem, da inteligência do jogo, já que foi através dela que os técnicos e estudiosos desenvolveram os mais variados sistemas táticos que conhecemos.

Toda a estratégia de jogo parte da necessidade, primeiro, de guarnecer a defesa e, em seguida, atacar com habilidade técnica, velocidade e condições legais para a finalização. Não fosse assim, bastava colocar um centroavante ao lado do goleiro adversário, não só para importuná-lo, mas também para marcar gols sem a existência da velha e boa lei do impedimento.

Tsumano

Os japoneses estão acostumados com os tsunamis, mas já conheceram os efeitos do "tsumano", a invasão da manarada corintiana. O adversário do Corinthians na semifinal sairá do confronto entre Sanfrecce Hiroshima e Al Ahly, do Egito. Não vejo dificuldade para o campeão sul-americano.

Basta que o técnico Tite mantenha a mesma estrutura tática e que os principais jogadores – Ralf, Paulinho, Danilo, Guerrero e Emerson – estejam inspirados. A maior deficiência da equipe brasileira se concentra no sistema defensivo e todo cuidado será pouco para chegar ao título mundial.

Resta saber se o Chelsea conseguirá passar pelo Monterrey, do México, apontado como provável adversário dos ingleses na semifinal. A goleada na despedida da Liga dos Campeões não conseguiu diminuir a dor pela eliminação do atual campeão logo na primeira fase, mas levantou o moral do técnico Rafa Benítez e dos jogadores para encarar os desafios no Japão.

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