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Rio – O céu nublado do Rio de Janeiro não foi a única decepção na relargada da Volvo Ocean Race, ontem, às 13h10, na Baía da Guanabara. O Brasil 1 queimou a saída (forçado por uma manobra do Movistar) e acabou frustrando os torcedores presentes nos barcos para acompanhar o reinício da regata de volta ao mundo. Devido à ação irregular, o barco comandado por Torben Grael teve que voltar e largar novamente, ficando na última posição.

Porém, para a sorte do público (cerca de 800 barcos estiveram na baía, 300 seguiram a frotilha em direção à Copacabana e à pedra do Arpoador), o holandês ABN 1 teve problemas com a vela e acabou ultrapassado pela embarcação brasileira, evitando assim que os donos da casa amargassem a rabeira. A partir desse momento, o time de Grael conseguiu uma boa recuperação, graças à tática de velejar próximo do morro da Urca.

Se o Brasil 1 não começou bem, o mesmo não se pode dizer do "Brasil 2". O Piratas do Caribe – barco americano que largou com os tripulantes vestindo camisas da seleção brasileira – partiu na frente e liderava a regata após três horas de competição.

A equipe do lendário velejador Paul Cayard era seguida por Movistar, Ericsson e ABN 2 (em que o brasileiro Lucas Brun faz parte da tripulação), todos a menos de uma milha. O Brasil 1 permanecia em quinto, a duas milhas do Piratas do Caribe e uma na frente do ABN 1, ainda em último.

Distâncias muito pequenas se comparadas ao longo caminho até Baltimore, nos Estados Unidos, próxima parada da Volvo Ocean Race. Até lá, serão 5 mil milhas náuticas (cerca de 9.250 km), com chegada prevista para o próximo dia 22. Antes, contudo, os barcos terão que passar por um portão de pontuação, em Fernando de Noronha. O que deverá acontecer dentro de quatro ou cinco dias, dependendo dos ventos.

Esta quinta perna da disputa deverá ser a mais calorenta até agora, fator que pode se tornar um trunfo para os brasileiros, única equipe acostumada às altas temperaturas. Será a oportunidade de tentar uma aproximação dos primeiros colocados, pois, no momento, o Brasil 1 está apenas em quinto lugar, com 28,5 pontos. Na liderança está o ABN 1, com 52,5 pontos e uma boa vantagem para o segundo, o ABN 2, que tem 36,5.

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