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Neymar aproveita um momento de descontração no treino para dar um cambalhota com a bola, à la Ronaldinho Gaúcho | Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo
Neymar aproveita um momento de descontração no treino para dar um cambalhota com a bola, à la Ronaldinho Gaúcho| Foto: Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo

Adversário

Em busca de equilíbrio, Itália copia tática da seleção brasileira

Agência Estado

A Itália terá quatro mudanças na escalação, um esquema tático idêntico ao do Brasil e, promete o técnico Cesare Prandelli, muito mais atenção e organização. Pirlo (vetado por causa de uma contratura muscular na panturrilha direita), De Rossi (suspenso), Barzagli e Giaccherini (poupados) não estarão em campo. El Shaarawy, que deveria entrar no segundo tempo para dar fôlego ao ataque, não treinou ontem por ter levado uma pancada no tornozelo direito e dificilmente poderá ser aproveitado por Prandelli.

O treinador resolveu apostar no 4-2-3-1, o mesmo esquema da seleção brasileira. Aquilani e Montolivo serão os meio-campistas mais recuados. Na linha da frente, Candreva jogará pela direita, Marchisio pelo meio e Diamanti (que chuta bem de fora da área e é um perigo nas bolas paradas) pela esquerda. Balotelli será a referência na frente. "Estou em busca do equilíbrio que não tivemos contra o Japão", disse Prandelli, falando do apertado triunfo por 4 a 3 sobre os orientais.

Em uma semana de Copa das Confederações, três jogos em cidades diferentes – todas de clima quente – e nenhum local fixo para treinar. Uma logística apelidada de "inferno" pelo treinador Luiz Felipe Scolari. Que começa a mostrar seus efeitos. Com o time classificado, a comissão técnica falou em poupar titulares como Oscar na partida de hoje contra a Itália. Mas desistiu – o único desfalque será Paulinho, lesionado. Na Itália também haverá mudanças.

No dia anterior, o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira e o preparador físico Paulo Paixão abriram a possibilidade de tirar alguns titulares do jogo que vale a primeira posição do grupo A, e a benesse de não enfrentar a Espanha na semifinal. Mas Felipão, apesar de admitir a dificuldade de alguns jogadores, acabou refutando a ideia. "O Oscar é quem mais tem sentido o desgaste. Vem de uma série de 70 e poucos jogos [pelo Chelsea na temporada europeia]. Mas tem se comportado bem, dentro do que a gente espera", disse o treinador.

No jogo de quarta-feira, contra o México, em For­­taleza, Felipão tirou Oscar aos 17 minutos do segundo tempo. Aos 33 sacou Hulk, apontado por Parreira e Paixão como outro possível poupado, pois a função dos dois em campo seria a de maior exigência.

O período de preparação, no entanto, embasou o discurso do treinador ontem, contraditório com o dos companheiros. "Os jogadores vêm crescendo porque são mais de 15 dias de trabalho comendo bem, dormindo bem. Então já não existe preocupação de poupar A, B, ou C. Por lesão, sim, mas por desgaste, não."

Sobre climas como os de Salvador ou Fortaleza, até o paraibano Hulk reconhece a dificuldade. "Sou nordestino, mas é difícil se readaptar para jogar no clima daqui. Ainda mais para nós que moramos na Europa. Na Rússia é muito frio durante boa parte do ano", disse o jogador do Zenit, antes de emendar "só que os italianos devem sofrer mais".

De fato, o volante italiano De Rossi falou no Recife que foi o pior clima que jogou na vida – por causa do calor e da umidade. E o técnico Cesare Prandelli tem citado o problema muitas vezes. "Normalmente aceitamos as críticas e tentamos responder em campo. Mas houve momentos no jogo [contra o Japão, vitória por 4 a 3] que não havia como se recuperar da fadiga", apontou.

Ele disse que vai escalar o time de acordo com as condições físicas. Apesar de se dizer cansado, o meia Montolivo quer jogar. "Não descansamos o suficiente. Mas a qualidade técnica e tática vão fazer a diferença."

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