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O corredor Odair Santos conquistou mais uma medalha para o Brasil na Paraolimpíada de Londres. Com o guia Carlos Antonio dos Santos, o brasileiro ficou na segunda colocação nos 1.500 m na classe T11, para deficientes visuais, nesta segunda-feira (3).

Ele também bateu o recorde das Américas (4min03s66). O queniano Samwel Mushai Kimani conquistou o ouro com recorde mundial (3min58s37), que era do brasileiro. O bronze ficou com o canadense Jason Dunkerley (4min07s56).Com o resultado, o Brasil chegou a 14 medalhas em Londres -sete de ouro, quatro de prata e três de bronze.

"Fiz uma boa prova, me esforcei bastante, mas não deu. Tenho que dar parabéns ao queniano pela belíssima prova. Claro que o intuito sempre é ganhar e alcançar o lugar mais alto do pódio. Queria ter vencido, mas não foi possível. Nem sempre as coisas acontecem do jeito que queremos. Estou feliz com a prata, uma medalha em Paraolimpíada é sempre importante", disse Odair, que correu uma foto da filha Julia Antonela, de três meses, em cada uma das lentes do óculos.

"É minha primeira filha e coincidiu de eu estra aqui na Paralimpíada e nada como pode homenageá-la em um grande evento", disse o atleta, que entrou no esporte aos dez anos por influência de um tio atleta, mas parou aos 17. Ele corria entre os atletas convencionais enquanto não ficou totalmente sem visão devido a uma doença degenerativa conhecida como retinose pigmentar.

Dinho, como também é conhecido, já disputou duas edições dos Jogos Parapanamericanos. Em 2003, conquistou três medalhas de ouro em Mar Del Plata, na Argentina, nas provas dos 400 m, 800 m e 1.500 m. No Rio, em 2007, foi ouro nos 1.500 m, 5.000 m e 10.000 m.

Já nos Jogos Paraolímpicos de Atenas-2004, Odair ficou com a prata nos 1.500 m e nos 5.000 m, e o bronze nos 800 m. Em Pequim-2008 ganhou três bronzes: 800 m, 5.000 m e 10.000 m, todos na categoria T12 (baixa visão).

Em 2010, o brasileiro foi reclassificado e colocado na categoria T11 (cego total), e mesmo há pouco tempo na nova classe já bateu diversos recordes. O principal deles veio no Mundial de Atletismo de Christchurch, em janeiro de 2011. Odair quebrou o recorde mundial dos 1.500 m e o da competição dos 10.000 m, conquistando o ouro nas três provas que disputou.

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