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GP da Espanha teve dois acidentes, um deles envolvendo os dois carros da escuderia Toro Rosso: Sebastien Bourdais decolou ao tocar o veículo de Sebastien Buemi | Josep Loaso/Reuters
GP da Espanha teve dois acidentes, um deles envolvendo os dois carros da escuderia Toro Rosso: Sebastien Bourdais decolou ao tocar o veículo de Sebastien Buemi| Foto: Josep Loaso/Reuters
  • Ross Brawn garantiu que não houve privilégio a Button no GP da Espanha
  • Veja como está a classificação da Fórmula 1

Barcelona - O paddock já estava tomado por contêineres e os times desmontavam tudo quando Rubens Barrichello deixou os boxes da Brawn GP em Barcelona, na Espanha. Calça jeans, camisa e boné, parecia tranquilo após reunião com a equipe para entender por que a mudança na estratégia de seu companheiro, o inglês Jenson Button, tirou-lhe a chance de vencer pela primeira vez no ano e deu ao inglês o quarto triunfo em cinco corridas, o que o mantém na liderança da F1. O inglês ficou em primeiro, seguido por Barrichello e Mark Webber, da Red Bull.

Barrichello diz ter sido duro nas palavras. "Falei para o Ross (Brawn, dono da equipe) exatamente o que queria falar. Se ele tivesse feito alguma coisa para o Jenson ganhar a corrida, eu pendurava as minhas chuteiras. Não preciso disso, sou melhor que isso.’’

"A resposta dele foi: ‘Hoje, ele ganhou por coincidência. Achamos que você voltaria na frente do [Nico] Rosberg no primeiro pit, e conseguiu, e o Jenson não conseguiria, ficaria preso atrás dele’. O time acha que foi coincidência, e é assim que saio da pista.’’ A insatisfação de Barrichello começou sábado, na classificação, quando, segundo ele, seu carro ganhou mais combustível do que o planejado.

Na largada, porém, Barrichello saltou à frente e assumiu a liderança, seguido pelo colega. Dois acidentes no pelotão do fundo forçaram a entrada do safety car por quatro voltas.

Com menos gasolina, Button fez parada na 17ª volta. Foi quando a equipe mudou a estratégia de três para duas paradas. No giro seguinte, foi a vez de Barrichello ir aos boxes. E foi mantida para ele a tática original de três paradas. Só depois a Brawn anunciou a Barrichello a mudança de planos para Button.

"Queria ter sido avisado assim que o Button mudou, não quando saí dos boxes, porque não tive escolha’’, disse. "Se me avisassem, teria uma volta para decidir se mudaria ou não.’’

Após a parada, seu carro não rendeu, e Button se distanciou. Quando fez a segunda e última parada, Button tinha 9s420 de vantagem para Barrichello, que ainda tinha de parar mais uma vez.

"Este ano tem sido um sonho. Mesmo quando as coisas estão difíceis a gente vence’’, disse Button após sua quinta vitória, que fez com que ele abrisse de 12 para 14 pontos a vantagem para Barrichello, que completou o GP da Espanha em segundo.

Apesar da situação, Barrichello disse que confia em Brawn. "Ele disse que gostaria que eu tivesse ganhado. As coisas na Brawn são mais amigáveis do que na Ferrari."

Regras

Representantes das dez equipes se reuniram antes do GP da Espanha para avançar na proposta a ser enviada ao presidente da FIA, Max Mosley, que impôs um regulamento para 2010 que desagradou a todos. Há possibilidade de a Fota (associação das escuderias) não inscrever os times para o próximo Mundial.

Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari e da Fota, vai se encontrar com Mosley na próxima semana. O dirigente inglês afirmou que a F1 não depende da Ferrari, em resposta à ameaça de Montezemolo de deixar a competição. Caso a reunião não renda o esperado, Montezemolo ameaça levar o caso à Justiça.

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