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Não bastasse ter de tirar o Rio Claro da zona de rebaixamento do Estadual, César Sampaio sofre com insultos raciais no clube que comanda. No sábado, após a derrota por 1 a 0 para o Oeste, em casa, o ex-jogador e agora dirigente estava no camarote com Cléber, ex-zagueiro e um dos sócios da C2B, empresa que comprou o clube em novembro, quando foi chamado de "macaco" por dois torcedores. Assim que identificá-los, Sampaio entrará na Justiça contra eles.

"Chamaram a gente de macaco, falaram que parecíamos dois urubus na jaula", contou. "Eu convivo com isso desde a infância, não é nada novo. Mas não trato com naturalidade e algumas ações merecem ser tomadas. Merecemos respeito", disse Sampaio, que não respondeu as ofensas. "Fui educado pelos meus pais a não me rebaixar e discutir com pessoas assim", afirmou.

Renato Romani, outro sócio da empresa (são quatro), viu toda a cena. "Os torcedores passaram do limite ao falarem: ‘Olha os dois pássaros pretos na gaiola’", contou. "Estamos identificando os torcedores. Eles são sócios-torcedores e têm carteirinha com foto. Vamos notificá-los judicialmente, eles vão ter de responder ao juiz."

Sampaio e Cléber não registraram Boletim de Ocorrência no dia por causa da confusão que ocorria. "Era muita gente reclamando do resultado, mas me arrependo. Deveríamos ter ido", disse Romani. Contra o Ituano, na quarta-feira, Sampaio foi aconselhado a não ir ao estádio.

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