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Cesar Cielo se classificou com o quinto melhor tempo (48s17) da semifinal | Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo
Cesar Cielo se classificou com o quinto melhor tempo (48s17) da semifinal| Foto: Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo

Sensação

A nadadora chinesa Ye Shiwen, 16 anos, sensação dos Jogos Olímpicos de 2012, conquistou ontem seu segundo ouro e mais um recorde. A adolescente venceu os 200 m medley em 2min07s57 e melhorou em 42s o recorde olímpico – no sábado, ela havia ganho os 400 m medley. Ela reforçou ontem que nunca esteve envolvida com doping – os boatos revoltaram torcedores e dirigentes chineses. "Eu, definitivamente, nunca usei doping", resumiu.

Apenas 75 centésimos de segundo separam o melhor e o pior tempo entre os oito finalistas dos 100 metros livre da natação. Eles concorrem ao ouro em Londres, na prova mais clássica da natação hoje, às 16h20, no Centro Aquático. Entre eles, está Cesar Cielo, em busca de seu primeiro pódio na capital inglesa. No mínimo, ele quer repetir o bronze de Pequim.

A pequena diferença entre os tempos classificatórios mostra a concorrência acirrada. Mas o brasileiro já avisou: tem plenas chances de ficar entre os três melhores. E, se alguém vacilar, ficar com o ouro, apesar de a prova não ser a sua principal especialidade.

Ontem, ele fez o quinto melhor tempo (48s17) da semifinal. Melhorou sua marca em 67 centésimos em relação à eliminatória. "Foi da água para o vinho. A primeira caída na água é sempre um pouco mais pesada. Acho que consigo tirar um pouco mais amanhã [hoje]", estima o nadador. A meta é nadar abaixo dos 47 segundos.

O principal adversário do bra­­sileiro é o australiano James Magnussen, 21 anos, que fez os 100 m 54 centésimos mais rápido do que o brasileiro (47,63). Neste embate, cada um tem seus predi­­cados. Cielo é dono do recorde mundial (46,91), de 2009, ainda nos tempos dos supermaiôs. Magnussen, por sua vez, tem o melhor tempo do ano: 47s10 registrado na seletiva olímpica, nove centésimos a mais do que o re­­corde do "Cesão". Só que sem o supertraje.

Um terceiro concorrente apareceu de última hora: o francês Yannick Agnel, 20 anos, já ganhou dois ouros em Londres, nos 200 m livre e venceu o revezamento 4x100 m. Embalado, classificou-se com o sétimo melhor tempo (48s23). Outros rivais são o norte-americano Nathan Adrian (segundo melhor tempo, 47s97) e o cubano Hanser Garcia (terceiro, 48s04).

Cielo sabe que tem condições de superar os mais novos. Nos Jo­­gos de Pequim, surpreendeu ao completar a prova em 47s67. Esse tempo seria suficiente para garantir a prata em Londres, se comparado às marcas dos finalistas desta quarta-feira.

Para ganhar em competitividade, ele e seu técnico, Albertinho, investiram nos treinamentos para melhorar sua segunda perna da prova. "Fizemos um trabalho de resistência lática outro de velo­­cidade para ter uma passagem confortável para a volta", explica Albertinho. A força nos últimos 50 metros é a principal virtude do australiano.

Um pódio hoje servirá de cata­­lizador para Cielo embalar os 50 m livre, assim como foi em Pequim. Amanhã, ele disputa as classificatórias, a partir das 6 horas, na mesma bateria de outro brasileiro, Bruno Fratus. Cielo defende o ouro olímpico e o recorde mundial, de 20s91, estabelecido em 2009.

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