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Marcelo Oliveira criticou com veemência o excesso de jogos no futebol brasileiro: “Você acaba treinando nos jogos” | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Marcelo Oliveira criticou com veemência o excesso de jogos no futebol brasileiro: “Você acaba treinando nos jogos”| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Adversários na partida de hoje à noite, às 21h50, na Vila Belmiro, Coritiba e Santos lutam contra um problema em comum na temporada. Juntos, o vice-campeão da Copa do Brasil e o vencedor da Libertadores já disputaram 101 jogos em 2011 e, a partir de agora, sentirão ainda mais de perto as consequências do calendário do futebol brasileiro.

Ao todo, em oito meses incompletos, o Alviverde participou de 50 confrontos. Foram 20 pelo Paranaense, 12 pela Copa do Brasil e mais 16 pelo Brasileiro. O Peixe, por outro lado, tem um jogo a mais na conta (23 duelos pelo Paulista, 14 pela Libertadores e 14 no Nacional) e ainda duas partidas por fazer, contra Fluminense e Grêmio. Ambos só estão atrás do Ceará, dono de um cartel com 52 embates no ano, no ranking do cansaço acumulado.

"É uma situação inevitável, faz parte do calendário. Para termos uma ideia, no Japão jogam-se 45 vezes no ano, na Europa em torno de 50. Estamos em agosto e vamos completar 72 partidas até o fim do ano", critica o técnico Marcelo Oliveira.

Para efeito de comparação, na última temporada, chegando a todas as finais possíveis, o Barcelona entrou em campo em 60 oportunidades. O Corin­thians, líder do Brasileiro após 16 rodadas, disputou 41 partidas em 2011.

Para tentar diminuir os efeitos da longa série de embates, a comissão técnica do Coritiba luta com as armas que tem. A principal delas é equilibrar a carga de treinos durante a semana.

"Temos de administrar. Hoje [ontem], por exemplo, fizemos um trabalho muito leve, praticamente só de bolas paradas ofensivas para justamente descansar os jogadores. Você acaba treinando através dos jogos", ressalta Oliveira.

O departamento médico é o fiel da balança para apontar o quão desgastante tem sido a temporada coxa-branca. Foram raros os momentos em que a sala de recuperação esteve vazia. Atualmente, Willian, Djair, Davi, Éverton Costa e Pereira não estão à disposição do treinador. Ou seja, 15 % do plantel.

E ao mesmo tempo em que o cansaço atinge a maior parte dos atletas, a necessidade de bons resultados também aumenta. Para o Coxa, que ocupa a 10.ª posição na classificação, a fadiga é mais um obstáculo. "Não tem como dosar nos jogos, então é jogar 100% nas quartas e domingos e tirar o pé no meio da semana. Temos de controlar e trabalhar o que realmente é preciso", conclui o zagueiro Jéci, que pede um time corajoso contra o Santos.

Ao vivo

Santos x Coritiba, às 21h50, na RPC TV e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).

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