• Carregando...

O contato direto com dirigentes de clubes e da CBF, políticos e jornalistas foi o caminho encontrado pelo Coritiba para começar o processo de reconstrução da imagem do clube após o vandalismo na última rodada do Brasileiro, em dezembro. Ações também de olho no julgamento do recurso do clube pelo Superior Tribunal de Justiça Des­­portiva (STJD), no dia 25 de fevereiro ou 4 de março.

"Mas é uma coisa que não se faz da noite para o dia. Algo que se constrói", avisa o vice-presidente coritibano, Vilson Ribei­ro de Andrade, ciente dos arranhões sofridos.

Espécie de porta-voz da nova diretoria, ele já fez duas viagens diplomáticas, uma ao Rio e outra a São Paulo. "Fomos massacrados e penalizados. Agora queremos mostrar a realidade do que aconteceu", diz. "Em São Paulo fomos à ESPN, inclusive com uma participação ao vivo na programação, e jantamos com o Milton Neves, por exemplo. No Rio, fizemos uma visita de cortesia à CBF. Vou aproveitando minhas viagens a negócios para agendar mais encontros."

Outros visitados foram o novo presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, e o diretor de marketing do Palmeiras, Rogério Dezembro. A ida até Porto Alegre para conversar com o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, ficou sob responsabilidade do presidente Jair Cirino. Já o conselheiro Ricardo Gomyde aproveitou uma passagem pelo Rio para vi­­sitar a diretoria do Fluminense.

Ainda em 2009, o departamento de comunicação do clube já havia enviado e-mails para diversos políticos paranaenses, pedindo que se manifestassem contra a punição. Foi nessa época que o senador Osmar Dias criticou a decisão do STJD e sugeriu que a estrutura fosse transferida para Brasília, com o intuito de evitar a pressão do futebol carioca.

O testemunho de políticos também ganhou destaque em um jornal produzido pela agência Ieme Comunicação, que presta serviços ao escritório do advogado René Dotti, um dos responsáveis pela defesa do Coxa. Outros depoimentos ainda foram ao ar em rádios de Curitiba. No jornal Justiça, além de Dias, criticam a punição os deputados federais Gustavo Fruet e Eduardo Sciarra, o deputado estadual Alexandre Curi e o ex-governador Jaime Lerner. Também foram ouvidos em­­presários influentes, como Joel Malucelli, Ernani Buchman e Naim Akel. "Alguns deles já haviam manifestado opiniões públicas. Entramos em contato e nos autorizaram a publicar", diz Taís Mainardes, da Ieme.

Indicada por Dotti, a Ieme prestará serviço ao Coritiba até o dia do julgamento. Ficará responsável pelo material jurídico. Segundo Taís, o trabalho faz parte do contrato com o escritório do advogado e o clube não precisará pagar nada. Já o vice-presidente alviverde diz que "os valores são um problema interno, só posso falar que o custo-benefício é altíssimo."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]