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O fator "mando de campo" pode influir no resultado de muitos esportes. Mais ainda no bolão, espécie de ancestral do boliche. Porque, além do apoio da torcida, os donos da casa saem com a vantagem de conhecer melhor a pista em que terão de arremessar a bola. Foi assim que a equipe da cidade de Marechal Cândido Ron­don (Oeste paranaense) sagrou-se bicampeã brasileira, no início do mês.

No Campeonato Paranaense de Bolão, que se inicia hoje em Curi­tiba, as equipes da capital pretendem manter tal tendência e não deixar o título de campeão sair da cidade. Os times da AABB, do Clu­be Literário, de São José dos Pinhais e da Sociedade Morgenau sabem, no entanto, que não será tarefa fácil. Os representantes do interior têm seu jogo reconhecido internacionalmente.

Além dos campeões brasileiros, estará em Curitiba a equipe do Clube Olímpico de Maringá, vice-campeã mundial da modalidade. Da seleção que conquistou o Mun­dial Juvenil, cinco atletas são paranaenses e disputarão o Estadual.

O bolão é uma modalidade esportiva amadora muito difundida na Alemanha e chegou ao Brasil com os imigrantes. Não por acaso é jogado principalmente no Sul do país. "No Paraná, te­­mos 74 clubes filiados. Fizemos seletivas em cinco regiões para esta final que começa amanhã [hoje] e vai até domingo", explica o vice-presidente da Federação Para­na­ense de Bolão, Milano Adolfo Scheidt.

Durante os quatro dias de competição, 29 times (16 no masculino e 13 no feminino) concorrem ao pódio. Ao total, cerca de 500 atletas acompanharão de perto as jogadas dos bolonistas. Alguns times são formados por famílias inteiras, reunindo até três gerações. A categoria disputada será o Bolão 23, na qual a bola é um pouco mais pesada do que na mais tradicional na Europa (Bolão 16) e tem dois furos.

"É um jogo para todas as idades e que aproxima a família. Que­remos, agora, criar projetos para que ele seja jogado não só nos clubes, mas também em praças, para se popularizar", destaca Scheidt.

Serviço:

O Paranaense de Bolão começa hoje às 18h30 em duas sedes: na AABB (masculino) e na Sociedade Morgenau (feminino).

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