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O empate do Coritiba contra o Paraná foi melhor do que a igualdade do Atlético contra o Fluminense. Explico. O Alviverde continua na liderança da Série B e pertinho de subir à Primeira Divisão. Não teve capacidade para derrotar o esquema defensivo bem-estruturado por Roberto Cavalo e executado com sabedoria pelos jogadores paranistas com destaque para Alessandro Lopes, Irineu e Luiz Henrique. A proposta de empatar foi visível desde o primeiro minuto de jogo.

O Coritiba mostrou vontade de vencer. Jogou no campo adversário durante todo o primeiro tempo. Falhou na ausência de apoio pelos lados e na indiferença no meio de campo. Os atacantes, marcados com eficiência, pouquíssimo fizeram. O clássico só existiu no segundo tempo, a partir da metade dos minutos faltantes. Ney Franco e Roberto Cavalo resolveram mexer na estrutura das equipes. Marcos Aurélio e Kelvin fizeram a diferença. A movimentação foi outra, a lentidão deu lugar à velocidade e pudemos assistir a um clássico com cara diferente. A figura especial foi o garoto de 17 anos que atende pelo nome de Kelvin, feito na base tricolor. Ele entrou no lugar do lateral Henrique, só para confundir o adversário. Foi um azougue pelo setor esquerdo ofensivo. Veloz, atrevido, decidido, Kelvin quase decidiu o jogo para o Paraná. Com toda certeza, não foi escalado desde o início porque Cavalo queria empatar, paralisando o Coritiba. Está aí uma questão a ser mais discutida. Se Kelvin fez a diferença e jogara bem em outras partidas, o treinador poderia mudar a filosofia de jogo do Paraná e usar o menino no lugar de Wilian ou Wanderson, figuras infelizes no clássico.

Ao final das contas, o empate garantiu o Coritiba com folga na liderança e agregou um ponto ao ativo do Paraná para se distanciar do aflitivo grupo dos prováveis rebaixados.

Ao empatar com o Fluminense, o Atlético perdeu nova oportunidade de melhorar a classificação na Série A. O ataque outra vez não funcionou (Washington marcou contra na abertura do placar) e Bruno Mineiro mais reclamou do que jogou. Já o Fluminense mostrou o futebol bem ordenado de Conca, um dos melhores deste Brasileiro.

Memória

O atento leitor desta coluna, Guilherme Costa Straube, ficou feliz com a citação que fiz sobre o emérito desportista Lauro Rego Barros. E agrega um pouco de história. O amigo Lauro foi goleiro do Palestra (já extinto) em 1936 e jogou pelo Coritiba (é verdade!) em l937 e 1938. No ano seguinte, vestiu a camisa do Atlético e nunca mais deixou de cobrir o seu generoso coração com as cores rubro-negras. São os caminhos da história de um homem de respeito.

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