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Os mineiros chilenos e todos os que estão en­­volvidos no salvamento deles são um magnífico exemplo da força extraordinária do homem. Triste é pensar que a mesma fortaleza representada pelos heróis chilenos é usada para matar inocentes no mundo inteiro, crianças, idosos, enfermos, homens e mulheres integrados à sociedade. Emoção semelhante a que senti com os resgates dos soterrados, só vivi quando universitário. Hospe­da­do na Universidade de Harvard, presenciei pela televisão o desembarque dos norte-americanos na Lua. Era julho de l969.

Claro que a humanidade nos apresentou outros episódios – muitos dolorosos – e outros de grandeza moral. A distinção que estabeleço está assentada na expectativa criada em torno da fantástica viagem à Lua e o primeiro contato do homem com a paisagem lunar. Tudo foi programado para ser emocionante, desde a partida da terra ao retorno iniciado depois de plantar a bandeira americana, recolher componentes do solo e fixar as pegadas dos heróis norte-americanos no piso lunar. Memo­­rável feito da ciência, responsável pelos maiores avanços tecnológicos das últimas décadas, em expansão permanente.

Os chilenos mostram ao mundo a força física, emocional e patriótica, exemplo para o universo. Emocionante observar o carinho do povo pelos seus heróis, a perfeição do plano de resgate com 60 dias de antecedência em relação ao primeiro prazo. O carinho do presidente chileno que não pensou em quanto investir na operação de resgate. Sorriso escancarado pela felicidade de abraçar cada mineiro que embarcou na mina e desceu na superfície, em segurança e com o apoio moral, emocional e material do país que recentemente foi machucado por grande terremoto. Minha emoção é tão grande que ultrapassa a reação superficial de uma vitória.

O Chile e os chilenos dão mais um exemplo, depois de estabilizar a economia, alcançar níveis especiais de alfabetização, de segurança pública e de fraternidade. Tudo feito com a maior presteza e segurança. Façanha feita com seriedade e competência. O Chile é motivo de orgulho.

Ano 1, vida nova

O Coritiba já está vivendo o ano um do segundo século. Não gosto de ser triunfalista, mas, leio na face de cada coritibano a alegria de voltar à Primeira Divisão. Só o Coritiba foi obrigado a vencer os obstáculos que está superando para alcançar o apogeu que o ano específico do primeiro centenário não possibilitou. Uma vitória em andamento com passos firmes, muito esforço e obstinação. Fortes, os coritibanos alcançam o topo da glória, deixando para trás a sofreguidão das adversidades.

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