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Finalmente a Fifa promete adotar providências tecnológicas para reduzir os graves equívocos (?) das arbitragens. Não deve valer apenas para campeonatos mundiais. A medida precisa ser geral, para justificar o ganho moral e técnico do futebol. A Inglaterra que, com razão, chora as mágoas ao não ser validado o gol de Lam­­pard, foi beneficiada por erro também grosseiro em 1966, contra a mesma Alemanha, quando a bola não ultrapassou a linha do gol e a arbitragem ignorou a ilegalidade e concedeu o gol.

Os tempos são outros. A televisão não era o fantástico complexo tecnológico que é atualmente. No Brasil, só existia em preto e branco. As posições das câmeras eram em menor número. Hoje, até as inconvenientes e repugnantes cusparadas dos jogadores são captadas e transmitidas em alta definição.

Causa ânsia contemplar uma cusparada, sobretudo se sair da boca de pessoa com notoriedade, com o dever de dar bons exemplos. Falta de educação, de higiene e de respeito. A Copa do Mundo virou um grande negócio e bate recordes de audiência, inclusive nos Estados Unidos, país que todos sabemos não cultiva o futebol como seu principal esporte.

Blatter, diante da perda de credibilidade das arbitragens e do comprometimento moral do torneio, relutou o quanto pôde. Não aguentou a pressão social, voltou atrás em suas ideias retrógradas e agora admite usar o avanço da tecnologia para não tirar, ainda mais, o encanto do futebol.

Os analistas, os torcedores e os intrépidos dirigentes julgam as arbitragens pelo que a televisão mostra. Desonesto, involuntariamente desonesto. Nós vemos os lances sob vários ângulos. Esta­­mos confortavelmente instalados e temos à disposição várias repetições dos lances duvidosos. Há juízes que erram sem dolo, mas há outros que pecam em troca de algum benefício. Sempre digo que as decisões dos árbitros de futebol são subjetivas. Seu alcance ultrapassa e jogo em si e atinge clubes fora do universo do campo em que os "erros" são intencionalmente praticados.

Agora, Blatter ganhou mais um problema. Além da bola que desnorteia, a Ja­­bulani, terá de acabar com o conservadorismo da Fifa, acostumada a amealhar fortunas em dinheiro.

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