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Não faz tempo o futebol brasileiro foi abalado pela confissão de um juiz (cujo nome não merece ser citado, tamanha a canalhice) de ter manipulado resultados de jogos do Campeonato Brasileiro. Alguns clubes foram beneficiados, outros prejudicados e a classificação final alterada em conseqüência da anulação dos jogos contaminados pelos atos desonestos do apitador. Aqui no Paraná, sob o reinado viciado do ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol, jogos oficiais tiveram resultados influenciados por negociações entre dirigentes de clubes e da própria entidade gestora da competição (leia-se FPF). Claro, com a anuência de árbitros sem apreço à ética e à moral. Como no âmbito nacional, verdadeiros vândalos a serviço da desonestidade.

A arbitragem em jogos de futebol tem um lado bastante subjetivo. Quando o juiz erra, ele pode ou quer prejudicar ou favorecer um dois times envolvidos diretamente, ou, ainda, causar benefícios ou prejuízos a terceiros interessados.

Veja-se o caso concreto do Atlético ao perder do Internacional em gol marcado através de pênalti inexistente. A falta foi fora da área e o juiz carioca a transformou em penalidade máxima. Roubo, erro involuntário ou agiu sob encomenda dos interesses do Flamengo que tenta sair da área do rebaixamento? As três hipóteses são viáveis, mesmo que se saiba que um bom juiz, presente ao lance, jamais pode errar a posição dos jogadores no momento da falta. Logo, ou o juiz carioca que apitou Inter e Atlético é despreparado para o exercício da profissão ou está enquadrado em uma das outras duas hipóteses. Em qualquer cenário tem que ser punido e afastado pela CBF e eliminado do futebol por incompetência, despreparo e deslealdade. Permanecendo em atividade a CBF assume de forma implícita o erro do juiz e a autoria intelectual do delito. A CBF já erra quando escala um juiz do Rio para dirigir um jogo que interessa diretamente um clube do mesmo estado. Como o futebol cada vez mais é um jogo de muitos malandros, dentro e fora do campo de jogo, ficamos sem saber o que motivou a falha da arbitragem. O mesmo aconteceu no jogo Paraná e São Paulo aqui em Curitiba. Um pênalti inexistente marcado contra o Paraná e um gol anulado, ridiculamente, do time paranista. Vitória manipulada em benefício do São Paulo. Quem assume a culpa? Os clubes que se virem sozinhos. A força política do Paraná junto a CBF é zero agravada pelos abalos morais não corrigidos na Federação Paranaense de Futebol. E se os pontos subtraídos dos nossos clubes forem fatais para a classificação final? Não vai acontecer nada, igualmente como ocorre com os ladrões do dinheiro público e os autores dos crimes do colarinho branco soltos por decisões judiciais estranhas, como o banqueiro Cacciola que zomba dos brasileiros passeando pelas ruas de Roma sem risco de ser preso e com os bolsos cheios de dinheiro ilegal.

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