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Depois de negar o óbvio – várias vezes mencionado por este colunista – o governo federal está injetando dinheiro no Banco Nacional de Desen­volvi­­men­­to Econômico e Social (BNDES) para atender necessidades da Copa do Mundo de 20l4. Dinheiro a ser emprestado a juros baixíssimos e condições especialíssimas não apenas para São Paulo, Atlético e Internacional, mas também pa­­ra prefeituras e governos estaduais. E não se trata de pouco di­­nheiro. São alguns bilhões de reais.

E o Lula está fazendo reunião nos Estados Unidos para também promover o desejo dele de ver no Brasil os Jogos Olímpicos de 2016. É possível suportar em silêncio o esbanjar de dinheiro público para satisfazer a vaidade pessoal e o projeto político do presidente-metalúrgico e agora presidente que ostenta uma ri­­queza que o Brasil não possui?

Qual é o destino final de tanta prodigalidade governamental com o dinheiro gerado pelo trabalho dos brasileiros, pela criminosa exploração imposta ao povo pela carga tributária exorbitante e má gestão das verbas públicas?

O governo do presidente Lula e de qualquer governante não gera recursos financeiros, pois não produz nada. O poder público trabalha com o imposto de renda que pagamos, com o ICMS, com o IPTU e uma parafernália de tributos que nem sabemos quantos são. Depois ficam anunciando o rombo da previdência e tornando cada vez mais baixo o poder aquisitivo de aposentados e pensionistas.

Do dinheiro público desviado, das maracutaias oficiais e acobertadas pelo governo e o enriquecimento ilícito de milhares de correligionários dos detentores do poder neste Brasil inteiro, os governantes nada falam. E as obras públicas superfaturadas? É uma sangria dolorosa na miserável tarefa de trabalhar de assalariados assaltados pelo que é obrigado a deixar no caminho ao receber salários contidos pela ganância governamental.

Um país com milhões de esfomeados, sem saúde pública, sem segurança pública, sem educação ou educação de sofrível qualidade tem outras prioridades do que jogar dinheiro público para financiar estádios de futebol – suntuosos e desnecessários –, para fazer mais ricos e aumentar a pobreza. Um país que come carne de segunda e faz de conta que come mignon não é digno de credibilidade.

E os outros?

Aberto o perigoso precedente, o BNDES deverá – por questões iso­­nômicas – oferecer aos de­­mais clubes, prefeituras e governos estaduais, os mesmos benefícios para a construção de estádios olímpicos, piscinas públicas, academias de reabilitação e até pequenos estádios de futebol para clubes amadores.

Não é uma vergonha absoluta Curitiba, a nossa Curitiba que nos orgulha, não possuir um gi­­násio de esportes digno da juventude que mora na cidade ou que migra para cá atrás de vida mais saudável? Que responda o presidente da República.

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