Brasil de Felipão

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Quando a CBF resolveu intervir no setor de futebol da entidade fiquei tranquilo e confessei minha confiança na seleção brasileira. Está registrado no arquivo das colunas que escrevo nesta Gazeta do Povo com a gratificante leitura de milhares de pessoas. Disse que a saída de Andrés Sanchez e Mano Menezes seria uma necessidade para melhorar a seleção.

A convocação de Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira tinha o significado de restabelecer a ordem interna e o respeito dos adversários. As mudanças completavam a limpeza ética e moral com o despejo de Ricardo Teixeira da presidência da CBF, levado à renúncia pela avalanche de denúncias de corrupção na condução sem moralidade da milionária CBF.

Felizmente eu não estava errado. A experiência de Luiz Felipe e Parreira foi colocada humildemente em proveito do selecionado. Nada de querer aparecer mais do que os artistas que vestem a roupa de futebolistas.

Scolari deixou a rabugice no caminho da história e demonstrou que a vida ensina o bem e infelizmente o mal. Felipão aprendeu a ser cavalheiro absoluto, cativante e muito elegante no trato especial com a torcida, jornalistas e principalmente com os seus comandados.

O Brasil não fez uma apresentação de gala, foi inferior ao Uruguai, mas ganhou. De acordo com o figurino e o estilo do treinador brasileiro nossos jogadores provaram que existe uma união exemplar entre todos, titulares, reservas e comissão técnica.

Júlio César defendeu o pênalti cobrado com indiferença por Forlán e mais, o goleiro brasileiro saiu irregularmente para neutralizar a penalidade. Um gol uruguaio no começo da esperada partida seria uma dificuldade adicional para os "canarinhos" que voltam a merecer citação carinhosamente pronunciada pela galera.

O Brasil é finalista. Contra quem? Espanha ou Itália? Esta resposta será conhecida nesta tarde. Tenho meu palpite. Se a Espanha fizer contra a Itália o que praticou diante da Nigéria, os campeões do mundo perderão e não enfrentarão o Brasil no próximo domingo. Felipão mudou a face do futebol executado pela seleção nacional.