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Depois do desastroso desempenho da seleção no último Mundial, ficou uma dúvida para ser resolvida com o passar do tempo. Já não tínhamos mais Luiz Felipe Scolari disposto a assumir outra vez o comando técnico, Parreira estava queimado, Luxemburgo marcado por antecedentes negativos – técnicos e pessoais – e nenhuma indicação totalmente confiável.

A CBF arriscou e convidou Dunga. Experiência zero como treinador de futebol. Exemplo de jogador sério e dedicado ao extremo. A missão de Dunga, sabidamente, era difícil. Teria, como teve, a tarefa de fazer a transição técnica e humana no time nacional. O fracasso de 2006 enterrou uma geração. Muitos vitoriosos e com fama internacional estavam mais preocupados com grandes negócios e ganhar espaços generosos na mídia, mesmo que às custas de farras noturnas e grave distanciamento de responsabilidades profissionais.

Como em toda transição, o trabalho foi árduo e desgastante. E como conseguir maioria de opiniões favoráveis não é fácil, passamos por tempestades e uma fase de descrença no potencial técnico dos novos e possíveis ídolos nacionais.

Hoje a situação é diferente. Dunga foi honesto e, para conhecer melhor eventuais jogadores de qualidade para a seleção, convocou alguns jogadores pouco conhecidos. Vários ficaram pelo caminho. Policiado pelos jornalistas e torcedores, o treinador iniciante foi fazendo a triagem necessária. Escolheu os melhores de cada momento e teve a coragem de enfrentar os lobistas de plantão, sempre à espera de uma vaga para os seus protegidos. Até Ronaldinho Gaúcho sobrou. E assim foi formada uma seleção que está mostrando na Copa das Confederações maturidade, harmonia e qualidade.

Goleada na Itália

A vitória de ontem – além de festejar os 39 anos da conquista do tricampeonato mundial – mostrou o crescimento que o futebol do Brasil está provando, saborosamente.

Futebol rápido, ocupação dos espaços, jogadas produzidas pelas laterais, pelo meio e um ataque fulminante, onde Luís Fabiano tem na cabeça e nos pés armas letais para fazer o adversário sucumbir. A participação é tão coletiva que até o zagueiro Lúcio – um destaque individual do time – faz estripulias no ataque, como aconteceu contra o Egito e ontem contra os italianos.

Futebol revitalizado que faz o brasileiro ter alegria e vontade decisiva de trocar um bom filme pelo prazer de assistir ao selecionado nacional. Ainda bem que mesmo imediatistas, tivemos compreensão e paciência para contemplar a transição sem radicalismo. Penso – e tomara que eu não esteja equivocado –, a colheita será boa, o que não significa dizer que somos imbatíveis.

Fato a festejar

O Coritiba saiu da zona de perigo do Campeonato Brasileiro. A vitória contra o Náutico foi perfeita pelo segundo tempo.

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