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Faz muito tempo que todos sabemos que em clássico a vantagem técnica é um detalhe que pode ser desfeito pelo aguerrimento do time considerado mais fraco. Este é o resumo da história do jogo entre Paraná e Coritiba. O Alviverde sempre foi apontado como o provável vencedor. Não por acaso. Conquistou a liderança isolada com duas vitórias convincentes.

O Paraná, ao contrário, começou o clássico carregando o peso de duas derrotas de causar vergonha. A torcida reagiu, protestou e mostrou a insatisfação de que estava tomada. O treinador paranista mostrou grande preocupação com a formação da equipe. Defesa frágil, meio de campo improdutivo e ataque inoperante. Mas a grande arma de Roberto Cavalo não foi a escalação, a tática ou o comando durante o jogo. Cavalo trabalhou com eficiência a cabeça dos jogadores. Mostrou com psicologia e autoridade que o jogo contra o Coritiba não seria mais um clássico na história do Paraná. Seria, como o foi, um jogo para marcar um novo tempo no caminho do Tricolor.

A equipe continuou com deficiências técnicas. Para compensar o desconforto, o Paraná jogou bravamente para mostrar o sentimento de vergonha de que estava possuído. Lutou com dedicação exemplar e chegou a ser melhor que o Coritiba no segundo tempo. Não ganhou exatamente pela falta da crítica ausência de vocação para marcar gols. Para quem estava derrotado antes do começo do clássico o empate foi um bom resultado.

O Coritiba, respaldado pelo favoritismo incontestável, mostrou vantagem técnica, mas foi descompensado no quesito dedicação. Pareceu-me um time certo de que a vitória chegaria a qualquer momento. Saiu na frente do placar com um gol de Eltinho. Lance complicado. Não afirmo com certeza. Tive a impressão que a bola estava nas mãos do goleiro do Paraná. O juiz e o auxiliar não marcaram nada e as reclamações paranistas se limitaram ao protesto de Luís Carlos, goleiro ainda sem grande experiência.

O Coritiba teve dois jogadores expulsos, Jéci e Rafinha, e o Paraná foi privado do futebol de Javier Méndez. Três exclusões corretas. Todas poderiam ter sido evitadas. Rafinha pareceu-me irado por enfrentar seu ex-clube. Não teve controle, o que não combina com a qualidade do seu futebol. Pouco tempo depois da expulsão de Rafinha, um trunfo para o Paraná: por ausência de inteligência o uruguaio Javier Méndez pediu a expulsão com a aplicação de um carrinho totalmente desnecessário. Jéci também poderia ter evitado a decisão extrema da arbitragem. Heber Roberto Lopes foi bem no comando do clássico e não causou qualquer interferência no resultado final.

Paulo Henrique (Paraná) e William (Coritiba) foram os destaques individuais do jogo.

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