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Não serão agradáveis as próximas horas do Coritiba. Talvez nem o sejam por muito tempo. Vamos por etapas.

Inicialmente marcada para esta noite, a eleição foi adiada, não por vontade do Conselho Deliberativo, órgão superior da vida política coritibana. As circunstâncias determinaram assim. Ao escrever a coluna de hoje, tudo girava em torno de dois nomes: Jair Cirino e Wilson Ribeiro de Andrade.

Cirino busca a reeleição com voracidade de novato deslumbrado, tal a obstinação com que se entrega ao objetivo. Para obter consistência eleitoral, tem buscado alianças consideradas estranhas, como já transpirou publicamente. Está disposto, inclusive, a ignorar os atuais companheiros do G9 para consolidar novos apoios. Convidou o advogado Julio Militão para presidir a nova mesa do Conselho Deliberativo. Como ocorreu uma decisão pessoal, foi obrigado a refluir, dizem fontes bem informadas, ressalvando as qualidades de Militão, mas reprovando a forma como as articulações estão sendo conduzidas pelo ainda presidente.

O novo

O grupo que definitivamente não aceita a recondução de Cirino, repito, que tem o direito legítimo de concorrer, está tendente a apoiar o nome do empresário Wilson Ribeiro de Andrade. Seria uma tentativa de mudar os rumos do Coritiba imediatamente. Não se fala na composição do G9 dos descontentes, tão somente no nome do eventual líder do grupo gestor.

É útil esclarecer que o Conselho Deliberativo elegerá os nove membros gestores do Coritiba. Um deles será eleito pelos pares para ser o presidente do clube e assim sucessivamente os demais integrantes da administração. A prática tem mostrado que o presidente do futuro é quem encabeça a chapa.

Outra hipótese, para evitar desgaste maior neste momento, seria um mandato-tampão e a marcação de novo pleito. O tempo seria responsável pelo afinamento das correntes de pensamento das várias facções internas do Coritiba.

O julgamento

Outro assunto que agita o Coritiba nestes dois primeiros dias da semana é o julgamento a ser realizado amanhã pelo STJD. São previstas punições severas, em todos os sentidos, ao Alviverde de tantas glórias e extraordinárias preocupações.

Torcedor convicto do clube o emérito jurista, René Dotti oferecerá sua contribuição à defesa na formulação das contestações que o Coritiba fará no julgamento. Um reforço jurídico da mais alta relevância por se tratar de personalidade singular do Direito brasileiro.

As prováveis punições, mesmo que abrandadas pela presença do professor Dotti, terão grandes e duradouras consequências na vida coritibana.

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