Coritiba abraça Joinville

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Por todas as informações já divulgadas pela diretoria do Coritiba a cidade catarinense parece representar as origens do clube do Alto da Glória. Os alemães residentes na capital paranaense, aqui nascidos ou imigrantes germânicos, foram os inspiradores da fundação do centenário clube.

Não sei se pesou na decisão do comando do Alviverde de levar os jogos da Série B, enquanto o Coritiba estiver sem o direito de mandar seus jogos no Couto Pereira, a forte influência alemã na colonização, desenvolvimento social, progresso econômico e presença do próprio idioma na vida dos catarinenses de Joinville. Uma bela e pujante cidade. Economia forte, traços culturais próprios e sede de um dos melhores estádios do interior brasileiro.

O Coritiba colocará em prática um inteligente plano para aproximar o clube da população da vizinha cidade e busca criar todas as facilidades para que os torcedores paranaenses possam assistir aos jogos da Série B misturados aos catarinenses da região. Há um outro vínculo de Curitiba com Joinville: estamos mais próximos da cidade barriga-verde do que Florianópolis, a encantadora capital de Santa Catarina.

Paraná, Atlético e o próprio Coritiba já fizeram tentativas anteriores de expandir seus vínculos com cidades aqui do estado. Nunca, que me lembre, houve um trabalho tão bem planejado como o que está em andamento pelo campeão paranaense. O que é planejado rende me­­lhores resultados e também mais duradouros.

Reinvidicação

Os torcedores do Coritiba, vários deles, procuraram o colunista para fazer um apelo. No sábado Coritiba e Botafogo jogam no Alto da Glória. Será a festa das faixas. Dois campeões em campo. O Botafogo, que tem um lugar reservado no meu coração, já foi detentor de uma grande torcida em Curitiba. Tinha Manga, Nilton Santos, Garrin­­cha, Didi, Quarentinha, Paulo Valentim, Amarildo, Zagalo e outros mais. Volta a ser campeão do Rio e procura recuperar o tempo perdido.

Os torcedores ainda não sócios do Coritiba fazem um apelo. Pretendem assistir ao jogo festivo pagando ingresso normal. Ponderam, com razão, que também fazem parte da história coritibana e ajudaram a embalar o time neste processo de recuperação. A diretoria alviverde – no esforço que faz para ampliar substancialmente o quadro social – anuncia que no 1º de maio só entrarão no estádio sócios e os outros ficam de fora.

Faço-me porta-voz dos apelantes porque esta poderia ser a única exceção aberta aos não sócios e também aos torcedores do Botafogo. Um gesto de gratidão aos fiéis torcedores, que, por razões diversas, ainda não se inscreveram como associados do Coritiba.