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A carta aberta de Evangelino Costa Neves faz recrudescer a agitação política no Coritiba. Neves, o consagrado presidente que conduziu o Coritiba às suas maiores glórias, não se conforma com a situação atual. Faz críticas ao treinador, ao presidente do clube, jogadores e condena com veemência o plano de construção de um novo estádio.

Começo pelo último tema. Realmente a atual administração prometeu concluir o Couto Pereira. Sonho que já se transformou em pesadelo, tantas as promessas feitas e nada aconteceu. Falar em novo estádio com o time de futebol lutando (?) para voltar à Primeira Divisão é dispersar energias e lançar espuma para desviar a atenção da torcida, que vai à loucura se o objetivo técnico não for alcançado. É cedo? Não. Em campeonato disputado por pontos corridos cada jogo, do primeiro ao último, tem o mesmo peso.

O Coritiba deveria ter começado o Brasileiro com o time pronto. Aproveitado o Paranaense e a Copa do Brasil para avaliar melhor as necessidades técnicas. Não adianta culpar o treinador. Ele trabalha com os jogadores que o clube contrata. E como o Coritiba tem gente para ser escalada. Um bom elenco deve ter entre 25 e 30 profissionais. Quantos o Coritiba tem?

O caminho mais fácil é bater no treinador. Não considero justo. O técnico de futebol não é infalível. Está desempenhando uma função exposta a interpretações diversas, certas e erradas. O costume brasileiro adota o mais simplista dos gestos. Massacrar o treinador. Nisso o Coritiba está certo. Os erros são repartidos e a partilha alcança a todos. Falta qualidade técnica ao time alviverde.

A Copa do Mundo será em 2014 e a necessidade de voltar à Primeira Divisão é já. Não há mais o que esperar. O erro maior do Coritiba é pensar em novo estádio, em parceria duvidosa com a Federação Paranaense de Futebol. Quando ambição e vaidade desmesuradas se juntam os resultados podem ser desastrosos.

Em Itu, amanhã

Com a pressão das ruas e com certeza da intimidade do clube, o Coritiba volta a jogar amanhã, contra o Ituano. Novas alterações são previstas. O time será diferente. Além de novos jogadores é necessário injetar mais vontade de ganhar, mais coragem, atitude de vitória. Se for repetida a indiferença de Brasília as coisas continuarão complicadas. E aí será difícil alcançar a tranqüilidade que é tão necessária. E pode sobrar para o técnico, o jeito mais fácil de dar satisfação ao público. Mas não faltará quem lembre da diretoria como fez Evangelino Costa Neves.

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