O curitibano de Santa Felicidade termina a fase dos estaduais como o treinador do melhor time brasileiro. O Atlético-MG formatado pela diretoria de acordo com a vontade de Cuca não só consegue a taça de Minas como é candidatíssimo ao título da Libertadores. Outro brasileiro que busca a vitória internacional é o Fluminense, superado no Campeonato Carioca pelo Botafogo de Seedorf.
O Corinthians venceu a competição paulista quebrando a hegemonia do Santos. O mérito maior corintiano foi se recuperar rapidamente da eliminação da Libertadores pelo Boca Juniors e sustentar um empate sofrido contra o Santos na Vila Belmiro. Destaque para o técnico Tite, que exerce o comando da equipe com energia impositiva sem tolerar atos de indisciplina.
Ao contrário do Santos, tolerante com a indiferença de Neymar, mais preocupado com as verbas de publicidade do que com o clube que o projetou mundialmente. Até na semana da decisão se ausentou do Santos para participar de comercial televisivo. Está mais do que urgente sua transferência para o futebol da Europa e lá conhecer o rigor do profissionalismo. Neymar deve encarar a profissão como prioridade absoluta.
Vai começar o Brasileiro. Os favoritos, na opinião deste colunista, são Atlético-MG e Corinthians. O retrospecto dos dois clubes é o prenúncio do favoritismo.
Lamento, mas não posso apostar nos clubes paranaenses. O Coritiba venceu o Estadual e poucas horas depois foi goleado pelo obscuro Nacional de Manaus. Vai buscar a recuperação no segundo jogo a ser realizado no Alto da Glória.
O Atlético não permite, sequer, uma impressão definitiva sobre a qualidade do time que enfrentará o caminho do Nacional. A falta de exposição da equipe tida como titular é impeditiva para o juízo do colunista. É um time para ser julgado com a Série A em desenvolvimento. É aguardar o passar dos primeiros jogos.
Na Série B, o Paraná joga suas fichas com um time renovado sob o comando do jovem treinador Dado Cavalcanti, apontado o melhor técnico do Campeonato Paulista dirigindo o Mogi Mirim. Começa a disputa com as finanças equilibradas, fato inédito nos últimos anos.
UMA PERDA
A morte do jornalista Silvio de Tarso. Sua voz foi sufocada pelo mal da asma que o perseguiu por bastante tempo. Cavalheiro, bom companheiro e amigo, fez do trato refinado uma virtude que poucos conhecem. Cultor do idioma pátrio e mestre no respeito aos que acompanharam o seu trabalho pela mídia esportiva, deixa saudade. Morreu cedo, 61 anos. Fica o contraste entre a grandeza do caráter e o corpo miúdo, mas valente.
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