• Carregando...

Os principais campeonatos estaduais estão sendo decididos em partidas espetaculares, pela qualidade dos jogos e presença de grandes públicos. No Paraná, infelizmente, o certame já começou mal e cheio de dúvidas. De cara houve uma desistência inesperada. A retirada da Adap deixou a cidade de Maringá sem futebol regional. Vítima da incúria de vários dirigentes – alguns verdadeiros aventureiros –, a Cidade-Canção foi banida do primeiro escalão do futebol local.

No curso da disputa vimos o que aconteceu. Os erros grosseiros do regulamento, a teimosia da Federação em não reconhecer os equívocos legais e depois a batalha judicial para legitimar a estupidez do supermando tiraram o entusiasmo da torcida, que passou a se ocupar da discussão do acessório e deixou de lado o principal, o campeonato.

Nenhuma revelação comprovada de jogadores para o futuro. Apenas a promessa representada por poucas caras novas. O Atlético, que teve uma participação elogiável no maior torneio nacional de jogadores jovens – a Copa São Paulo –, deixou para usar o potencial técnico da gurizada quando percebeu que os veteranos não estavam dando conta do recado. Pensou em não usar o talento dos jovens neste ano. Erro corrigido a tempo pelo bom senso.

Além do Atletiba do último domingo o que mais de bom aconteceu no campeonato? Que eu me recorde, nada! Coritiba, Atlético e Paraná – de quem esperávamos muito mais – decepcionaram.

Finalmente, o Paranaense será decidido domingo em jogos que não terão o charme das plateias em confronto. Os atleticanos enfrentarão o fraco Cianorte e o Coritiba receberá o Nacional, dois jogos com a presença unilateral de cada uma das torcidas desta Curitiba que já vive o prenúncio do inverno, neste outono de temperaturas que começam a desovar as roupas mais quentes.

Enquanto em São Paulo, Rio e Minas as decisões envolvem clássicos que estão na lista dos maiores do futebol brasileiro, aqui, apenas jogos que poderão consagrar Atlético ou Coritiba. Felizmente, o Atletiba valeu pelo resto miserável, tecnicamente, deste que foi um mal organizado certame estadual.

A melhor novidade foi o Jotinha, que acabou por patinar e encalhar nos últimos metros da chegada final.

Se as coisas acontecerem como espero – vitória do Atlético e Coritiba – o campeão será o Rubro-Negro, beneficiado, novamente, por uma distorção do regulamento. Um campeão com dois pontos extras por ser o melhor da fase de classificação, mandante de todos os sete jogos da fase final e o direito de, ao terminar em primeiro lugar ao lado de qualquer outro time desta fase, ser beneficiado por outro presente de Papai Noel, a vantagem pelo critério de desempate.

Papai Noel, ao que tudo indica, foi o inspirador das regras absurdas proclamadas pela Federação Paranaense de Futebol. Os benefícios ao Atlético são apenas coincidências de um campeonato organizado com rara incompetência.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]