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O ministro do Esporte fez uma declaração estarrecedora. Criticou acida­­men­te a Infraero por ab­­soluta inoperância na necessária adequação dos aeroportos para a Copa 2014. E foi taxativo: "Do jeito que as providências estão absurdamente lentas, chegaremos ao Mun­­­­dial sem aeroportos em con­­dições de atender o movimento de passageiros". Exagero? Men­­tira? Não!

Os brasileiros que viajarão para festejar o Natal e o Ano No­­vo já es­­tão cientes de que passarão por dificuldades. A Agência de Aviação Civil, a Infraero e o governo da União não fazem nada para resolver o grave problema. Falta de ex­­periência não é. O caos aéreo é frequente no país. Todos sabem e nin­­guém faz nada. Comprar os caças da França é mais importante do que resolver as deficiências da estrutura aeroportuária do país.

Clamamos há muitos anos por medidas de segurança no Aero­­porto Afonso Pena. Foi uma das lu­­tas intensas de Francisco Cunha Pereira Filho. Morreu sem ter a recompensa pelo ideal de aperfeiçoar o Afonso Pena, reformado e am­­pliado no governo de Fernando Hen­­rique. Espera-se que o ministro do Esporte insista na busca de ações concretas para me­­lhorar os aeroportos brasileiros.

O interessante é que logo de­­pois da declaração do ministro quem fala é o presidente da Re­­pública. Lula diz que nada está atrasado, do mesmo jeitinho que as obras exaltadas em prosa e verso do PAC, caminhando com passos de tartaruga. E ainda há os apaixonados defensores da Copa no Bra­­sil. Movidos por quais interesses?

Dinheiro da Copel, não!

Foi do governador Orlando Pes­­suti a ideia de usar recursos fi­­nanceiros da Companhia Para­naense de Ener­­gia para ajudar os clubes de futebol profissional de Curitiba. Depois, para beneficiar as obras da Arena, o deputado Romanelli apresentou um desnecessário projeto de lei autorizando o re­­passe de dinheiro para o Atlético. Iniciativa inconstitucional, como eu já disse.

Para atender um leque de clubes, o ativo deputado Stephanes Jú­­nior apresentou outra iniciativa de lei. Também inconstitucional. O Poder Legis­­lativo não tem a competência legal de criar despesas. Se a Copel pudesse, re­­­passaria dinheiro aos clubes em obediência às leis que regulam sua atividade. Provo­­ca­­do por uma pergunta que fiz ao governador em programa da Tran­­sa­mérica, Pessuti disse que a Copel não dará dinheiro aos clubes por ser ilegal. Já era uma posição firmada pelo presidente da empresa, Ronald Ravedutti.

Post Scriptum

Concluindo a coluna, sou avisado da morte em acidente rodoviário de Ronald Ravedutti. Copeliano dedicado há muitos anos à empresa, estava à frente da estatal desde abril. Morreu com a consciência tranquila, firmando uma posição de bom senso não colocando di­­nheiro público em instituições particulares. Morte sentida.

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