Dois jogos, 13 gols

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O torcedor curitibano foi premiado nos jogos de sá­­bado e domingo. O Cori­­tiba, mais uma vez, foi impiedoso com o adversário e massacrou o Rio Branco, 6 a 2, de­­pois de levar um susto ao permitir o empate em dois gols. Acordou do pesadelo e se impôs com a mesma categoria dos últimos jogos. Não sobrou um único argumento para o adversário justificar a goleada.

Ontem vi um joguinho se transformar em clássico de verdade entre Paraná e Atlético. Modo­r­­rento, concentrado na área central do gramado, sem criatividade e escassas finalizações, tricolores e rubro-negros realizaram um se­­gundo tempo com muitas emoções.

Coube ao Paraná, menos ruim na fase inicial, abrir o placar com Kel­­vin. Ainda não tinha futebol para consolidar o resultado favorável. Aceitou um gol de muita arte do baixinho Madson. Cal­­canhar talentoso, premiado pela vida de artista, o controvertido jogador do Atlético agiu com inteligência e intuição. Mar­­cado e sem chance de rodar o corpo, fez jogada mirabolante. Curvou o corpo para frente e espiou o que tinha atrás dele, além de Paulo Henrique, e tocou com precisão mi­­limétrica para as redes. Um dos mais bonitos gols do campeonato.

Na sequência das emoções o atacante Léo subiu entre dois atleticanos e desempatou. Foi o fim do clássico para os paranistas. Mad­­son, outra vez, e Adaílton fizeram os gols da vitória atleticana.

Os pontos negativos foram as expulsões de Madson e Luiz Ca­­mar­­go. O rubro-negro por comemorar de forma irregular os dois gols que fez, com dois cartões amarelos procurou e achou o vermelho. O tricolor Luiz Camargo recebeu em dois minutos dois cartões amarelos por jogo desleal e foi punido com o vermelho, causando prejuízo ao Paraná, tal como acontecera contra o Botafogo pela Copa do Brasil.

Coritiba soma pontos

O Alviverde tem vantagem de cinco pontos sobre o Atlético, segundo colocado. Jogando com a qualidade que tem marcado o seu futebol o Coritiba pode ser campeão por antecipação, sem perder a seriedade. O futebol tem lances e resultados inesperados, imprevisíveis e surpreendentes. Mesmo sem brilho o Atlético está vivo. Não tem qualidade, sobra coragem. Se o campeonato fosse por pontos corridos, como gosto e é mais justo, o Coritiba teria 50 pontos e o Atlético 37.

27 gols

Foi um recorde de gols nos jogos de ontem e sábado. Nas duas partidas realizadas no Couto Pereira e na Vila Capanema, foram marcados 13 gols. Oito no jogo do Coritiba e mais cinco no clássico. Nos outros jogos da rodada 14 gols. Média de 4,5 gols por partida. Um grande feito.