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Em outros tempos, enfrentar a Venezuela era uma barbada para a seleção do Brasil. Lembro da histórica goleada de 6 a 2 para os "canarinhos" no Ma­­racanã. Ao fazer a cobertura do jogo para a Rádio Clube Paranaense, senti de perto a emoção da multidão que lotou o maior estádio do mundo até então. O time era qualificado e talentoso, sem depender de um ou dois jo­­gadores. Tínhamos Jairzinho, Pe­­lé, Tostão, Rivelino e outros estilistas do futebol.

Nesta Copa América, estamos apos­­tando tudo em Ganso, Neymar e Pato. Lucas – uma esperança – foi mal aproveitado por Mano Me­­nezes, entrou tarde demais. Neymar e Ganso, marcados, pouco fizeram, e Pato foi o melhor de todos.

A renovação a que se propõe fa­­zer o técnico escolhido por Ricardo Teixeira está longe de convencer. É muito cedo para culparmos Mano, mas já é possível notar que a filosofia está mudando. Julio César, Lúcio, Da­­niel Alves e Elano estão de volta. São bons jogadores.

Lembro o leitor que nem tudo o que aconteceu de ruim na Copa da África do Sul foi culpa de Dunga. As dificuldades de Mano Menezes também são consequência da safra malsucedida de novos jogadores brasileiros. O trabalho deve continuar no sistema híbrido agora adotado: jo­­vens jogadores mesclados aos mais experientes.

Mano Menezes não errou ao di­­zer que não existe mais galinha morta no futebol. Ou, penso eu, surgiram outras galinhas no caminho da morte. Argentina e Brasil decepcionaram na estreia da Copa América.

Paraná, para frente

Nova vitória do Tricolor e a consolidação no G4. O time atual é muito di­­­­ferente dos que foram montados nos últimos anos. Hoje o Paraná tem cara de quem vai ao ringue para ga­­nhar a luta, por pontos ou nocaute. Os paranistas estão mostrando um no­­vo jeito de lutar pela volta à Série A.

Coritiba, reabilitado

O Alviverde voltou a reencontrar a vitória. Resultado expressivo contra o Ceará e a fuga da zona de rebaixamento. Marcelo Oliveira não economizou e mexeu no time com vontade. Deu certo, foi possível apresentar um time de qualidade, com novos figurantes.

Atlético, no sufoco

O Rubro-Negro acumulou mais uma derrota e contra um time sem ex­­pressão no campeonato. Falta vibração. Nas idas e vindas de treinadores, Paulo Baier voltou ao time. Não adiantou. Tudo continuou como antes, muito frágil o time da Baixada.

Itamar, uma perda

Estou sentido com a morte de Itamar. Participa­mos da Assembleia Cons­tituinte e pude conhecer a inteireza do seu caráter e a honestidade dos seus atos. A vida pública precisa de mais, muito mais, homens públicos como Itamar. Um ranzinza honesto.

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