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A torcida não queria, mas ingressar na área do rebaixamento, entre nós, era há algum tempo previsível. Marcado por ter um time limitado e por equívocos em profusão na condução do seu futebol, o Atlético contou os dias para chegar ao extremo de baixo da classificação. Até mesmo muita gente entendia (ainda entende?) que cair para a Segunda Divisão seria normal. À frente dessa corrente o presidente do Conselho Deliberativo, que, todos sabem, manda, contrata e dispensa jogadores. Com tal declaração o dirigente que faz e desfaz no Atlético isentou, previamente, de qualquer responsabilidade os jogadores e membros da comissão técnica. Se ser rebaixado é normal, nada pode ser imputado aos que fracassarem. Brutal distorção do pensamento oficial.

No caso do Atlético cair para a divisão inferior não é normal. Um clube com dinheiro em caixa, que oferece todas as condições de trabalho aos seus profissionais, que tem uma vibrante torcida, mas pouco motivada, só pode ser rebaixado pelo cometimento de erros político-administrativos. Pois é o que está acontecendo há bom tempo sem a percepção dos mandatários.

O jogo de hoje contra o Santos é muito perigoso. O Atlético só mudou de técnico, no que não errou. Os jogadores são os mesmos e o adversário desta noite está em fase de crescimento. O Santos já esteve lá embaixo e obteve a recuperação com reforços contratados e uma condução firme do seu treinador.

Enfrenta o Atlético debilitado, correndo para conseguir reanimação e justificando a derrota contra o Internacional pela má arbitragem. A arbitragem foi danosa aos paranaenses. É bom lembrar que o Rubro-Negro, outra vez, jogou mal. Faço a ressalva para que os mais otimistas não imaginem que o Atlético cresceu depois do novo treinador e para que não esperem milagres dele, ser mortal, como todos nós

Coritiba, não facilite

Contra o Paulista o Coritiba poderia ter vencido e perdeu. Saiu ganhando e pouco depois foi engolido pelo adversário. Só reagiu no segundo tempo depois de alterações na equipe. Independentemente de lesões e suspensões disciplinares, René Simões mexe muito no time. Parece não ter convicção sobre quem escalar.

Jogando em casa contra o Gama, lutou para fazer o primeiro gol e aceitou o empate com naturalidade, sem capacidade de reagir. A classificação do campeonato mostra que os quatro primeiros perderam a tranqüilidade. Quatro clubes podem alcançar o Coritiba com uma vitória simples e uma derrota do Coritiba. Vai ser uma disputa emocionante, mas desconfortável para o Alviverde.

airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br

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