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O colunista poderia começar o seu trabalho de hoje exaltando a conquista do primeiro turno pelo Coritiba. Não vou fazê-lo porque trinta mil pessoas decretaram o renascimento do futebol da cidade de Londrina. Um público vibrante e partícipe dos lances mais importantes do jogo. Minha memória reproduziu eventos singulares do Londrina ao se confrontar com o próprio Coritiba, Ferroviário, Atlético e outras expressões fortes do antigo futebol do interior. Foi em Londrina que um ataque cardíaco matou o mais revolucionário presidente do Atlético, Jofre Cabral e Silva.

Pois as trinta mil pessoas de ontem no estádio que José Richa fez construir como prefeito da cidade estimulam o colunista a pensar que o futebol estadual ainda pode ganhar força. Basta gestão competente e interatividade entre o clube e a população londrinense. É o renascer da identidade entre público e clube que, como lembrei há poucos dias, foi Caçula Gigante e Tubarão para representar a pujança entre futebol e comunidade. Parabéns londrinenses!

O título

Ficou de bom tamanho para o Coritiba, que mais pontuou no primeiro turno já encerrado. Foi o time mais profissional, mais organizado e que nunca subestimou qualquer adversário. O nosso campeonato só será melhor, como já o foi em outros tempos, quando os falsos dirigentes e especuladores das virtudes de jovens vocacionados forem varridos do meio.

No jogo de ontem no Estádio do Café o Coritiba teve equilíbrio emocional para conduzir a partida com os olhos fixados no regulamento. Passou por vários sustos e conheceu de perto a qualidade de Germano. Mas foi o Alviverde que mostrou o maior talento do jogo, Alex, autor do gol da vitória com elevado índice de categoria. A partida teve lances polêmicos, pênaltis para os dois lados e uma arbitragem que fraquejou em alguns momentos. Com a vitória o Coritiba já é finalista do certame, com méritos claros e o Londrina conseguiu incendiar de entusiasmo o Estádio do Café. Só faltou a vitória que pendeu para os coritibanos.

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