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Mais um certame estadual e a constatação da fragilidade técnica da grande maioria dos clubes participantes. Mesmo os times da capital estão devendo. Com boa vontade dá para considerar o Coritiba uma exceção. Depois do fracasso grosseiro do futebol no ano do primeiro centenário, o Alviverde mudou os rumos diretivos e devolve ao torcedor um pouco de esperança. Mas, confia, desconfiando. Natural para quem já ouviu tantas promessas e só tem levado pesados castigos.

O Atlético insiste em contratar jogadores sem condições imediatas de aproveitamento. A carência ofensiva é brutal. Muitos argumentarão que a estrela de Paulo Baier não está em campo para iluminar a equipe. O argumento é correto, mas o futebol vive de realidade e Baier está lesionado. Um time deve vencer pelo conjunto e quando fica dependente de uma única estrela não será jamais uma constelação. O Santos, sem Pelé, continuava forte com Zito, Mengálvio, Coutinho, Pepe e o clássico zagueiro Mauro. Outro exemplo foi o Botafogo. Garrincha era o brilho maior e quando faltava, lá estavam Nilton Santos, Didi, Quarentinha, Amarildo, Pampo­­line e Zagalo.

Do Paraná Clube não é aconselhável falar mais do que já disse em outras colunas. As renovadas esperanças com a eleição de uma nova diretoria parecem areia fininha escapando pelos vãos dos dedos.

A ousadia que falta

Enquanto no futebol paranaense o marasmo reina absoluto, outros centros do futebol brasileiro dão saltos enormes. A novidade do momento é a investida que o Internacional dá em cima do futebol argentino. Os alvos não são jogadores de segunda e terceira divisões. São expressões técnicas reconhecidas internacionalmente.

Aqui tudo caminha devagar, timidamente.

Parece um mal dos paranaenses. O nosso estado é um dos menos contemplados com recursos orçamentários da União. Nossos políticos, apáticos, não ganham projeção nacional, com raríssimas exceções. Pronunciamentos, ideias, projetos, presença em plenário, tenho dificuldade para mencionar cinco parlamentares. Para tamanha indiferença não dá para confundir timidez com falta de vontade ou de capacidade para trabalhar.

No futebol é a mesma coisa. A Federação Paranaense de Futebol é amadora. Sem trocadilho, só pensa nos clubes amadores, os que garantem reeleições sucessivas. Quando mete a colher no profissional faz besteiras do tamanho do supermando, demonstração repugnante de incapacidade.

Com tamanha indigência só cabe o papel de figurante. Parti­­cipar é muito diferente de competir para ganhar destaque.

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