• Carregando...

A falta de competência política, administrativa e de gestão séria no futebol levaram o Paraná ao estado letal em que se encontra. Foi perpetrado um verdadeiro suicídio pelos dirigentes do simpático clube. Pessoas que passaram pelo Tricolor sem nenhum preparo para alavancar a vida paranista, buscar o progresso, traçar e planejar o futuro e adotar um projeto que só os empreendedores são capazes de criar e adotar como metas para avançar e não simplesmente para sobreviver.

Estou tranquilo. Fui considerado pelo presidente de um dos poderes do clube como um crítico ácido e interessado em afetar a instituição de tantas glórias. Um equivocado juízo de valor. Não sou movido por nenhum interesse vinculado a qualquer clube de futebol. Mas sou um apaixonado pelo meu trabalho, sempre centrado na verdade sem preocupação de poupar ou criticar pessoas ou grupos.

Sempre falei o que manda a minha consciência. Não atribuí o menor valor aos que procuraram, de formas diferentes, censurar minha postura profissional. É muito melhor ser ácido na crítica do que falso e artificial no elogio.

Os fatos estão aí, expostos ao julgamento público. O clube abalado por deslizes morais sérios. Seríssimos. O time de futebol rebaixado para a divisão de acesso (desastre) e sem perspectiva imediata de recuperação para a Série B. O presidente pede licença do cargo. Tranca de ferro depois da porta do descalabro ser arrombada por incapacidade e má-fé. Não estou falando de dinheiro roubado. Gerir mal é também um ato conduzido pela má-fé, não perceber, deliberadamente, que a missão não é conduzida com eficiência.

Nenhuma explicação será convincente. Os alertas foram feitos. O colunista os fez neste espaço e aos microfones da Rádio Transa­­mé­­rica. Diziam os hipócritas, cegos pela paixão e dominados pelo instinto raivoso que tudo não passava de má vontade. Até os jogadores que foram ao estado de greve por algumas vezes por falta de pagamento foram acusados pelos detratores dos que parecem ter olhos que não enxergam, ouvidos que não escutam e boca para se defender de tudo e de todos mesmo detonando a verdade dos fatos.

Quantas vezes os treinadores que passaram pela comissão técnica do Paraná foram obrigados a escalar jogadores para atender aos interesses financeiros dos detentores de direitos econômicos dos jogadores? Quem se in­­surgiu contra essa malévola intromissão foi o técnico Zetti, que de­­nunciou a anomalia ao deixar o clube. Saiu porque não tolerou a intromissão desonesta no seu trabalho.

O time caindo e o Paraná cede o jogador Kelvin para participar de um torneio de quinta categoria, certamente para tentar melhorar o valor monetário de uma transação em andamento.

As causas do suicídio nem sempre são conhecidas, menos no Paraná, pois deixou seu público escandalizado com tantos gestos vergonhosos, suficientes para dar um tiro na cabeça como tantos políticos já fizeram em países europeus e asiáticos. Suicídio movido pela vergonha de ações desonestas. Aqui, tudo é digerido sem qualquer engasgo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]