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Minhas previsões, mesmo que tímidas, de progresso do time do Paraná estão se concretizando, ao menos por en­­quanto. É um dos dois clubes com melhor pontuação da Série B. Só está em segundo lugar pelos critérios do regulamento para desempate. A vitória contra o Goiás foi uma beleza. Futebol bonito, limpo, com boa coordenação e linearidade de produção. Todos que jogaram ofereceram boa contribuição. O treinador está passando para os jogadores a personalidade que mostra ao público que possui. Técnico ativo, lutador à margem do campo e firme em suas posições. "Temos 38 decisões, nada de perder para recuperar depois", afirma com convicção.

Quem contratou Roberto Fonseca foi inteligente. Como vários jogadores da atual equipe vieram do interior de São Paulo, acertadamente, o comandante do time também veio de lá. Para o técnico, conhecer os jogadores do elenco é de muita valia. Ao mexer na equipe, domina as ca­­racterísticas de cada um. Não im­­provisa no escuro. Contra o Goiás, também candidato a su­­bir, foi um banho de bola. O re­­sultado de 3 a 0 foi pequeno pela vantagem técnica paranista. A superioridade tricolor foi tão grande que os mais de 20 mil torcedores vaiaram os goianos e aplaudiram com entusiasmo o Paraná. Foi emocionante, prova de reconhecimento ao futebol tricolor.

O desempenho melhorou depois que Aramis Tissot assumiu a presidência do clube e convocou gente do ramo para somar esforços com os diretores já identificados com o futebol da Vila Ca­­panema. As esperanças au­­mentam sua potência e tendem a se cristalizar. A torcida não faltará ao clube. Basta não somar novas decepções.

Apelo de Tissot

Ao final do jogo, entrevistado pela rádio Transamérica, Aramis Tissot perguntou ao repórter Irapitan Costa se o comentarista do jogo era este colunista. Diante da resposta afirmativa do competente repórter, Tissot bradou: "Aírton, nos ajude, precisamos do teu importante apoio". Sur­­pre­­so com a conclamação de Tis­­sot, respondi: "Temos um relacionamento fidalgo de muitos anos e sempre colaborei com os clubes paranaenses. Faço críticas justas e merecidas e na mesma medida elogio quem merece. Neste mo­­mento o Paraná merece ser elogiado e gostaria de vê-lo voltando à Série A sob o comando do paranista devoto Aramis Tissot.

Não brincar em serviço e queimar sangue, suor e lágrimas é tudo o que o Paraná Clube precisa, sem receber favores, mas reconhecimento real dos seus admiradores. Que tudo dê certo.

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