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Jogando com muita vontade, apertando o Cianorte e es­­barrando na barreira das traves, o Paraná apenas em­­patou no Norte do estado. Mostrou um bom jogador recentemente contratado, Pará, autor do único gol paranista. Foi infeliz o Tricolor. Já no tempo de recuperação, aos 49 minutos, o goleiro Juninho fez pênalti em Tico Mineiro e na co­­brança o Cianorte empatou. Não foi o resultado que o Paraná Clube queria.

Para variar, o vestiário destinado ao Paraná em Cianorte não ti­­nha água para o banho dos jogadores. Um absurdo para ser explicado pela Federação Paranaense de Futebol.

Explicações cansativas

O treinador Antônio Lopes gastou muito tempo para explicar a irregularidade do Atlético no campeonato. Jogou a maioria do tempo com um atleta a mais, pois Bruno Batata foi expulso aos 30 minutos do primeiro tempo. Até então, o Corinthians Paranaense não tinha entrado no ritmo do jogo. Surpre­endeu, pois vinha fazendo uma boa campanha, qualificando-se como dos melhores nesta ilha de times fracos da competição estadual.

O que eu quero mesmo analisar é o desencanto de Lopes, pelo que deixou transparecer na entrevista coletiva. Foi cansativo nas explicações sobre a inconstância do Ru­­bro-Negro. Mencionou várias ve­­zes os jogadores que foram embora e reiterou que está formando um novo time. Na lista incluiu o goleiro Galatto, responsabilizado por vários insucessos da equipe. Logo, não é bem assim. Vários integrantes do time de 2009 ficaram na Baixada. E os que saíram contaram com a anuência da diretoria do Atlético.

Lopes parece cansado, aborrecido com tantas dificuldades e chegou a perder a tranquilidade durante a entrevista. A verdade é que o técnico não mencionou que o Atlético não está sendo feliz com jogadores já contratados e lançados. As preocupações, não explicitadas por Lopes, são com o Cam­peonato Brasileiro, assunto a ser tratado o quanto antes.

Arte e talento

Assistindo inúmeras vezes ao gol de Rafinha contra o Toledo, lembrei-me de uma obra maravilhosa do imortal Leonardo Da Vinci. Estava com a minha família em Milão e fui conhecer uma das obras monumentais da Hu­­ma­nidade, a Santa Ceia, pintada por Da Vinci. Imaginei a leveza do pincel do grande artista deslizando sobre uma parede de alvenaria. A região foi bombardeada na Segunda Guerra. Caiu quase tudo, menos a parede da Santa Ceia, livrada por Deus da barbárie hu­mana.

O golaço de Rafinha contra o Toledo teve rara leveza, especial talento e uma concepção perfeita. Cinco adversários driblados em fila indiana, a bola tratada com intimidade, carícias, afagos e notável paixão. A vitória do Coritiba foi justa e valeu pela qualidade de Rafinha. O resto não interessa.

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