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Qualquer apostador de resultados de jogos de futebol dificilmente cravaria o Paraná Clube como o único vencedor do estado na rodada de abertura do Cam­­peo­­nato Brasileiro. Pois foi a realidade. Mesmo estreando meio time, sem tempo para treinamentos coletivos, o Tricolor foi à superação e derrotou o Ituiutaba depois de estar inferiorizado no placar. Bom começo para um time com credibilidade abalada e formado em cima da hora.

O Atlético tomou três gols e não mostrou o mínimo poder de reação. A estratégia do treinador Adilson Batista não deu certo. Mesmo com o meio de campo recheado de volantes a marcação foi deficiente. O ataque. Que ataque? Um desastre total. Faltou ao rubro-negro poder ofensivo. Sei que o técnico do Atlético sempre privilegiou a marcação. É a convicção dele. Mas faltam jogadores para o Atlético realizar o que o técnico gosta. Neste caso o mais correto é montar a equipe de acordo com as qualidades do material humano disponível. Adilson pode ser a próxima vítima atleticana. Ou, como seria melhor, contratar jogadores indicados de acordo com as convicções do treinador.

Difícil será mudar o pensamento do comandante. Sabemos que a personalidade de Adilson é forte e a teimosia faz parte do perfil de pessoas que gostam de impor suas decisões. Basta lembrar as declarações após a derrota contra os mineiros. O técnico justificou as escalações e as substituições feitas na estreia do Campeonato Brasileiro. Não adianta o triunfalismo da direção de futebol. É necessário contratar jogadores com as características que o treinador aprova, ou, mudar de comando para não perder tempo. Poucos técnicos agradam dirigindo o rubro-negro. A exceção foi Carpegiani, que o Atlético não conseguiu manter no clube.

O Coritiba foi a maior decepção. Há três jogos não marca um mísero gol, depois de ser apontado como o ataque mais realizador do Brasil. No jogo de ontem, o treinador Marcelo Oliveira escalou o time titular. Agiu corretamente, apesar da derrota. O sucesso coritibano fez com que os adversários ficassem atentos à forma de jogar do campeão paranaense. Todo adversário que joga para marcar forte o Alviverde anula a desenvoltura e a criatividade do time. Não foi diferente contra o Atlético de Goiás. Chances de gol, raras. Jogadas pelos lados do gramado, quase inexistentes. Foi uma lástima. Apenas Leandro Donizete e Rafinha merecem citação especial. Falta de sorte ou decadência? Eis a questão. A derrota assusta a torcida e prepara o espírito do time para o jogo contra o Ceará pela Copa do Brasil. O Coritiba lutou, correu, mas não produziu. Foi um time sem brilho, de inspiração zero. Mostrou que precisa de reforços para as laterais como prioridade absoluta.

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