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Depois de golear o Londrina e ganhar Josiel como artilheiro, o Paraná pode ir ao Chile com mais otimismo. A vitória foi convincente e traz como efeito mais importante o reencontro com a paz. A vitória, mesmo que contra um adversário com limitações, repercute, especialmente no estado de espírito dos jogadores. E dos torcedores. O peso do resultado positivo dá aos paranistas mais confiança e ajuda a apagar algumas dúvidas.

Alguns erros são anistiados e o desafio da Libertadores prevalece sobre as ressalvas técnicas. O Tricolor tem uma oportunidade única em sua história. Conseguir a classificação, eliminando o Cobreloa, trará benefícios jamais alcançados na curta e vitoriosa vida do clube que já nasceu grande. Todos nós devemos ser movidos pela ambição, pelo sonho e pela realidade. Tudo na medida certa para evitar exacerbações prejudiciais.

Tenho dito que faltou ao Paraná visão mais definida sobre a grandiosidade da Libertadores, em todos os sentidos. Comportamento que coloquei claramente porque não sou semeador de ilusões e não tenho o direito de criar falsas expectativas. Muitos não gostaram, paciência. Estou em paz com a minha consciência e com o meu dever de analisar os fatos com distanciamento crítico, imparcialidade e independência.

Claro que desejo sucesso e muito sucesso ao Tricolor, mas, não tenho o direito de ser triunfa-lista, simplesmente por ser.

Não combina com a minha personalidade.

Temas perigosos

Futebol, política e religião despertam nas pessoas um profundo sentimento de paixão. As discussões fogem dos limites da razoabilidade e atingem níveis incendiários. As guerras entre povos que deveriam conviver pacificamente; a violência que causa mortes nos estádios de futebol; os assassinatos com motivação política, são apenas alguns exemplos da radicalização do pensamento. E por serem temas perigosos, devem ser objeto de reflexão, antes que a razão seja menos importante que a emoção.

O presidente da CBF tem feito muita pirotecnia sobre a possibilidade de sediarmos brevemente a Copa do Mundo de futebol. Até merecemos. Mas temos condições? O Brasil cresce pouco, a violência é assustadora, os nossos estádios estão defasados e o poder público tem deveres essenciais para investir o que amealha – gananciosamente – em impostos. Os in-vestimentos necessários são fantásticos e será preciso fazer fortes parcerias com grupos econômicos de largo calibre. Não falei dos clubes. Quase todos estão quebrados.

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