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Finalmente alguém da vida íntima do Atlético demonstrou coragem e grandeza humana para contestar – com uma decisão importante e extrema, como a renúncia – os trôpegos e ofensivos gestos agressivos à liberdade de expressão

Muito chocante a situação interna no Clube Atlético Paranaense. O Conselho Deliberativo é omisso, quando não é cúmplice das ações absurdas tomadas por uma diretoria que convalida – por unanimidade – todos os atos grosseiros e ditatoriais do presidente do clube.

Ontem o cavalheiro João Alfredo Costa Filho deixou a direção de futebol do Rubro-Negro. Pessoa íntegra, educação que timbra o caráter de cavalheiro ilustre, João Alfredo não suportou fazer o papel de personagem que coonestava as decisões unilaterais que pautam a agremiação. Pediu demissão. Na carta alegou motivos particulares.

Na verdade, porém, João Alfredo não aguentava mais a crise moral em que mergulhou o clube. Conheço o dirigente demissionário há muitos anos. Tive a honra de receber o seu voto quando candidato, a pedido do ex-deputado Norton Macedo. Voto de confiança do eleitor e de quem recomendou o meu nome, dos melhores políticos do Paraná. A confissão foi feita recentemente, publicamente, por João Alfredo Costa Filho. Ser honesto e ter caráter não tem preço.

Estou mais feliz. O João Alfredo responde aos gestos belicosos e brutais do presidente do Atlético com a grandeza que é a marca de sua vida. O ex-vice presidente de futebol ficou indignado com as atitudes tiranas que marcam a trajetória política do Furacão há pouco mais de um ano.

Finalmente alguém da vida íntima do Atlético demonstrou coragem e grandeza humana para contestar – com uma decisão importante e extrema, como a renúncia – os trôpegos e ofensivos gestos agressivos à liberdade de expressão e aos princípios constitucionais vigentes no país.

Proibir que os atleticanos participem de entrevistas com repórteres de rádio, jornal e televisão é brutalidade. É uma violenta agressão aos torcedores do Atlético em especial. A omissão de conselheiros é resultado de uma suspeita subalternidade. Para conviver em paz com o presidente do Atlético só mesmo o filho, o primo e o genro.

Outro dia recebi uma mensagem eletrônica de leitor e ouvinte qualificando este colunista de "Guerreiro Solitário", referindo-se às minhas posições assumidas publicamente contra todos os atos irregulares, especialmente sobre a destinação de dinheiro público, por decisão de Beto Richa e Luciano Ducci, às obras da Arena da Baixada. João Alfredo você já era meu amigo e agora é também "Guerreiro Solidário".

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